A campanha de promoção do Islã que está prevista para setembro no metrô de Nova York foi motivo de discussão na mídia e recebeu críticas de diferentes frentes, sobretudo porque coincide com o sétimo aniversário dos ataques do 11 de setembro.

A campanha, promovida pelo controverso imã afro-americano Siraj Wahhaj e financiada pelo Círculo Islâmico da América do Norte, contará cartazes publicitários com os quais se pretende divulgar a religião.

O legislador republicano de Nova York, Peter King, pediu através de seu site à Autoridade Metropolitana de Transporte (MTA), responsável pelo metrô, que cancelasse a campanha.

“É especialmente vergonhoso que os anúncios sejam colocados durante o sétimo aniversário do 11 de setembro e porque o metrô é considerado como um alvo de primeiro ordem para os terroristas”, disse King.

Os cartazes, que poderão ser vistos em mil vagões de metrô durante setembro, coincidindo também com o mês do Ramadã, levam perguntas como “Profeta Maomé?” ou “Islã?”.

Um dos aspectos mais criticados é que a campanha, que custará US$ 48 mil, é apoiada pelo imã Wahhaj, que segundo as autoridades americanas, estaria vinculado aos atos terroristas e que, segundo a fiscal federal Mary White, é um dos 170 co-conspiradores do ataque de 1993 contra o World Trade Center, que envolveu um carro-bomba.

Alguns meios de comunicação, como a rede de televisão CBS, começaram a pedir a opinião de seus espectadores, e, entre eles, alguns asseguram que aceitam a liberdade de religião, mas não a alguém com laços terroristas, em alusão ao imã Wahhaj.

No entanto, o religioso muçulmano assegurou em um vídeo divulgado pelo YouTube que todos têm direito a saber o que realmente é o Islã e não só “as imagens e notícias tendenciosas transmitidas por muitos meios de comunicação”.

Seu objetivo, afirmou o imã afro-americano, é “corrigir alguns mal-entendidos sobre o Islã” e para isso é favorável à idéia de que seja feita no metrô, porque, a cada dia, 4,9 milhões de nova-iorquinos viajam nele.

Fonte: EFE

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