Candidatos afirmam que campanha eleitoral é feita fora da igreja, sem a interferência de sua participação no segmento como forma para angariar votos.

Os resultados do Censo Demográfico 2010 mostram que 64,6% dos brasileiros são católicos. Já os evangélicos registraram aumento de cerca de 16 milhões de pessoas, totalizando 42,3 milhões seguidores. De olho nesse potencial, há os que fazem uso da religião como forma de projeção, principalmente em período eleitoral.

Nesse sentido, o Jornal Cidade contatou as nove coligações às Eleições proporcionais de Rio Claro para que indicassem candidatos ligados a instituições religiosas (cargos ou membros representativos), a fim de esclarecer se há separação entre candidato x membro da instituição à qual pertence para a realização da campanha eleitoral. A partir do retorno com as indicações desses candidatos, a reportagem os contatou para que esclarecessem o assunto.

Unanimemente, os quatro candidatos que se manifestaram a respeito do assunto disseram que a corrida pela conquista de votos ocorre sem o uso do púlpito como palanque para campanha. Estelina de Almeida, obreira de uma igreja evangélica, explica que por decisão e orientação de seu pastor até suspendeu a participação em obras sociais. “Há total separação entre candidato x membro religioso”, comenta.

Católico e participativo na comunidade, José Roberto Somaggio ressalta que a própria Igreja Católica não indica candidatos e, por isso, o fato de ser membro participativo não influenciará no voto. Sem fazer campanha interna, Fernando Godoy afirma que disputará o pleito contando com o apoio dos evangélicos. “Não sou candidato da Igreja, mas trabalharei para ter o apoio do segmento religioso”.

Na avaliação de Willian Postal de Oliveira, evangélico, os recursos para a disputa são somente dos candidatos e cada um tem que ter a sua estrutura própria. “O espaço da igreja não é invadido, pois não é permitido nenhum candidato falar no púlpito sobre política”, conclui. Vale ressaltar que no Tribunal Superior Eleitoral consta apenas o candidato Carlos Henrique Felisberto com a ocupação de sacerdote ou membro de ordem ou seita religiosa.

[b]Fonte: Jornal Cidade[/b]

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