O governo da Grã-Bretanha soltou uma medida que obriga bispos e párocos a pendurarem cartazes de “não fumar” nas entradas das igrejas e catedrais.

“É uma coisa insensata. Qual foi a última vez que você ouviu falar de alguém que fumava sentado nos bancos de uma igreja?”, questionou o diácono de Southwark, o reverendo Colin Slee, porta-voz da Associação das Catedrais Inglesas.

Se o cartaz não for fixado na entrada das igrejas, o governo ameaça fechar as portas dos estabelecimentos religiosos.

O diácono também afirmou que é uma “expectativa ridícula” entrar solenemente na Abadia de Westminster passando pelos cartazes de “não fumar”.

“Isso é um outro exemplo de um Estado agressivo que quer controlar tudo. É uma loucura”, exaltou-se o reverendo John Broadhurst, bispo anglicano de Fulham.

A ordem da fixação dos cartazes partiu da medida que agora proíbe o fumo nos locais públicos e que entrará em vigor em 1 de julho, mas que já está funcionando na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

As igrejas são, para todos os efeitos, locais públicos e, por isso, os fiéis devem estar advertidos de que não poderão fumar quando entram na casa do Senhor.

Bispos e párocos são contrários aos cartazes porque os consideram deturpadores.

Em entrevista à BBC, o diácono de Southwark contou que, nos dias de hoje, a igreja possui outros problemas com relação aos fiéis. “Alguns homens não tiram o chapéu quando entram na igreja, outros querem entrar com seus cachorros ou vão tomando sorvete”.

Um porta-voz do ministério da Saúde disse que o governo está “desejoso” de esclarecer às organizações religiosas sobre as suas “responsabilidades” na aplicação da lei anti-fumo.

Fonte: ANSA

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