No fim de semana o clero católico do país pediu que as congregações protestem contra a regra e pressionem para que o governo recue.

O presidente norte-americano, Barack Obama, está disposto a trabalhar com universidades e hospitais católicos na implementação de novas regras que exigem que o seguro saúde cubra as medidas para o controle de natalidade, disse nesta terça-feira um alto assessor da campanha para a reeleição dele.

Assinalando um possível espaço para uma conciliação sobre a questão, o assessor David Axelrod afirmou que essas instituições religiosas terão um prazo para encontrar uma forma de incluir a cobertura do seguro saúde para a contracepção como parte da reforma do sistema de saúde dos EUA sem ferir nenhuma doutrina da Igreja Católica.

“Certamente não queremos restringir a liberdade religiosa de ninguém, então vamos buscar uma forma de avançar para que ambos garantam às mulheres o cuidado básico preventivo de que precisam e respeitem as prerrogativas das instituições religiosas”, disse Axelrod ao programa “Morning Joe”, do MSNBC.

Os comentários foram feitos em meio a forte pressão das autoridades da Igreja Católica, que expressaram insatisfação e afirmam que a ação forçará as instituições afiliadas a ir contra os ensinamentos da Igreja. A Igreja não aceita o controle de natalidade.

No fim de semana o clero católico do país pediu que as congregações protestem contra a regra e pressionem para que o governo recue. Os pré-candidatos republicanos à presidência também criticaram a exigência.

A reforma na saúde promovida pelo governo Obama, aprovada em 2010, prevê que os seguros de saúde cubram os serviços básicos de prevenção às mulheres.

O Instituto de Medicina, braço independente da Academia Nacional de Ciências que aconselha o Congresso e outras instituições sobre questões de saúde, havia recomendado a cobertura de uma gama mais completa de serviços de contracepção a fim de evitar casos de gravidez indesejada.

[b]Fonte: Estadão[/b]

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