Um casal cristão iraniano foi castigado com açoites de chicote por deixar o islã, em um caso que acirrou ainda mais as preocupações com a perseguição religiosa no Irã, segundo informações de um grupo de direitos humanos. Eles ainda podem ser condenados à morte.
Seis funcionários, provavelmente da temida polícia religiosa iraniana, visitaram a casa do casal em setembro e os levaram para um castigo. Os nomes deles não foram divulgados por motivos de segurança.
“O marido realmente é um ex-muçulmano que se tornou cristão há anos, mas a esposa nasceu em uma família cristã assíria e nunca foi uma muçulmana”, explicou uma fonte que tem contatos próximos.
As acusações proferidas contra os dois têm ligação com o casamento deles, há sete anos. Eles se casaram debaixo da lei islâmica porque não encontraram uma igreja que aceitasse realizar a cerimônia, por conta das origens diferentes deles.
De acordo com a Corte de Justiça da Revolução “quando não-muçulmanos se casam debaixo da lei islâmica, eles são considerados convertidos ao islã”.
Prática cristã
Eles violaram este princípio porque “na realidade, na prática, eles são cristãos”, explicou a fonte. Em setembro de 2005, o casal esteve entre um grupo de cristãos presos que se encontrava para orar em uma casa, numa cidade a noroeste de Teerã.
Em julho deste ano, o caso do casal chegou à Corte, onde eles admitiram que são cristãos. “A lei os considera muçulmanos e o julgamento que está sendo conduzido no tribunal os coloca como apóstatas do islã, sujeitos, conseqüentemente, a um castigo brutal.”
Infelizmente, este não é um caso isolado. Mas apesar dos perigos de vida, cristãos iranianos que vivem em outros países planejam voltar para sua terra natal, a fim de pregarem o Evangelho.
Fonte: Portas Abertas