Um casal perdeu a custódia de sua filha depois de usar um leão de pelúcia como advogado durante um julgamento no Canadá.
O brinquedo foi usado porque os pais do bebê de um ano acreditavam que Jesus Cristo estava “usando o brinquedo para aconselhá-los durante o processo”, de acordo com informações do jornal Metro.
O casal compareceu a um tribunal da Colúmbia Britânica com o leão de pelúcia ‘advogado’ depois de ser denunciado por frequentadores da igreja a qual fazem parte.
Segundo as testemunhas, os cristãos costumam ser violentos com pessoas que consideram estar “sob influências demoníacas”.
Os polícias responsáveis pela investigação expuseram que, além do comportamento violento que tinha com alguns fiéis da igreja, a dupla se recusava a realizar exames de rotina e a cuidar da saúde da criança devido à forte crença religiosa.
Durante a audiência, eles falaram “em línguas” alegando que “Jesus Cristo estava se comunicando com eles, e que estavam sendo injustiçados por serem pessoas de bem”.
O júri declarou que dias antes do julgamento, uma assistente social informou que quando a mulher soube da gravidez, seu marido a sufocou, amarrou suas mãos e boca com fita adesiva e a agrediu por ter chorado com a descoberta. Segundo a juíza Diane MacDonald, o pai do bebê foi denunciado também por incentivar crianças a terem relações sexuais.
“Fomos informados que o homem agia de forma violenta e encorajava crianças a terem relações sexuais. A saúde mental da mãe da criança nos preocupou bastante. Um trabalhador de um cartório da região chegou a comentar que ela tentou mudar o nome da filha para ‘Alegria de Jesus’ e ‘Ressurreição de Cristo’ algumas vezes”, alegou.
Em oposição a decisão do tribunal, o casal afirmou que “estava sendo discriminado por sua crença, e que não se importava com o estranhamento acerca do uso do leão de pelúcia como advogado”. “Jesus está aqui, ele é nosso juiz”, declararam os pais da menina durante a leitura do veredicto. Diane MacDonald concluiu o processo, alegando que a criança seria encaminhada para um abrigo, e que poderia ser adotada por outra família.
Fonte: Último Segundo