O candidato do PRB à prefeitura do Rio, senador Marcelo Crivella, disse nesta segunda-feira (18), em entrevista à rádio CBN – parte de uma série com os candidatos da cidade -, que não pretende compor seu secretariado oferecendo cargos a integrantes da Igreja Universal, da qual faz parte.
Crivella disse que pretende usar suas boas relações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para “construir alianças” com o governo federal que permitam “redimir a capital fluminense do caos e resgatar a capacidade de executar políticas públicas”.
O candidato disse que uma questão prioritária de seu governo, caso seja eleito, será resolver o problema da saúde. “É o primeiro ponto que temos que nos redimir. Uma forma de resolver é através de parceria com o governo federal. O problema não é de recurso, é de gestão. Precisamos aumentar dos vergonhosos 5% (de cobertura) do Programa Saúde da Família para pelo menos 70% de atendimento na cidade”, disse.
O bom trânsito político em Brasília é, para o senador, um trunfo importante para sua gestão na prefeitura. “Quero trazer para o Rio todos os recursos possíveis”, afirmou.
‘Candidato de Lula?’
Ele esquivou-se, no entanto, ao ser perguntado se seria o candidato do presidente Lula. “O vice-presidente (José Alencar) é quem disse em entrevista a um jornal que o Crivella é o candidato do coração do presidente Lula. Tive a honra de lançar o Programa Cimento Social no Pavão-Pavãozinho (favela de Copacabana, na Zona Sul), e o presidente sabe que nunca pedi nada para mim. Sempre pedi para o povo do Rio de Janeiro.”
O candidato afirmou ainda que não pretende compor seu secretariado oferecendo cargos a integrantes da Igreja Universal, da qual faz parte. “Eu trago uma amargura e uma tristeza de certos setores da imprensa que associam meu nome às milícias. Dizem que sou ex-bispo e que vou servir à Igreja Universal. Não é verdade. Sou um bispo licenciado. Durante seis anos de trabalho no Senado provei isso”, disse.
Ele se comprometeu, inclusive, a não chamar nenhum membro da igreja para participar de seu governo: “Não vou chamar nenhum membro da minha igreja. Para proteger eles mesmos. Quero dar uma demonstração clara que não serei o prefeito de um dogma religioso. O Rio precisa de um político que faça as alianças necessárias.”
Fonte: G1