Os fatos ocorreram nesta sexta-feira, na véspera do início do dia do Yom Kippur, a mais solene do calendário hebreu.
Ao menos 25 túmulos foram profanados em dois cemitérios, um para muçulmanos e outro para cristãos, no povoado árabe de Jaffa, pertencente ao município de Tel Aviv, onde amanheceram pintados com mensagens antiárabes, informou neste sábado a imprensa local.
Pelas primeiras investigações, os fatos ocorreram na sexta-feira, na véspera do início do dia do Yom Kippur, a mais solene do calendário hebreu e uma data em que todas as atividades param.
As lápides foram destruídas e nos túmulos foram escritas mensagens como “morte aos árabes”, uma referência a estratégia de grupos radicais judeus, principalmente colonos, de atacar propriedades e símbolos palestinos como maneira de ressarcirem-se pelo desmantelamento forçado de assentamentos por parte do Exército israelense.
O presidente do Movimento Islâmico em Jaffa, xeque Ahmed Abu Ajwa, pediu calma e declarou que o fato “é uma tentativa de extremistas de incitar as massas árabes”, detalhou o site do jornal “Ha’aretz”.
Por sua vez, o deputado árabe e dirigente do partido Lista Árabe Unida, Ibrahim Sarsur pediu aos autores da agressão que “acabem com os ataques racistas”.
A profanação de túmulos feita pela comunidade palestina contra israelenses residentes ao sul de Tel Aviv sucede a outro tipo de ataque contra locais de culto muçulmanos em Israel e na Cisjordânia, assim como agressões e ataques aos agentes de segurança no território ocupado por parte de colonos judeus.
Todos os assentamentos judaicos em território ocupado palestino em 1967 são ilegais segundo o direito internacional.
Pelos cálculos dos serviços de segurança interna israelense, o Shin Bet, os extremistas judeus de extrema-direita não necessitam na atualidade de uma “desculpa” para atuar e executar atos violentos contra palestinos e centros de cultos deles.
Os alvos desses ataques foram ampliados nos últimos tempos e alcançaram casas de ativistas de esquerda, instalações do Exército israelense e patrulhas militares que precisamente se encarregam de velar pela segurança dos colonos na Cisjordânia.
[b]Fonte: EFE[/b]