Em outubro, o monsenhor Leonard descreveu a Aids como uma “espécie de justiça imanente” relacionada à permissividade sexual.
A polêmica a respeito do chefe da Igreja Católica belga, monsenhor Andre-Joseph Leonard, por suas declarações sobre a Aids e os padres pedófilos ressurgiu nesta terça-feira com um processo apresentado contra ele por homofobia e a demissão de seu porta-voz.
O advogado e dirigente do Partido Socialista Flamengo (SPA) Jean-Marie de Meester anunciou a abertura de uma ação civil em Bruges (norte do país) contra o arcebispo de Bruxelas.
Em outubro, o monsenhor Leonard, que comanda Igreja belga desde janeiro, iniciou uma polêmica ao descrever a Aids como uma “espécie de justiça imanente” relacionada à permissividade sexual.
“Depois de consultar outros juristas, concluí que o arcebispo violou a lei antidiscriminação e cometeu atos caluniosos e difamatórios com suas declarações homófobas”, declarou o advogado.
O porta-voz de Leonard, Jürgen Mettepenningen, no cargo há poucos meses, anunciou nesta terça-feira sua demissão.
“Diferentes razões acumuladas e a falta de confiança fazem com que não deseje nem possa continuar atuando como porta-voz do monsenhor Leonard”, afirma em um comunicado.
Mettepenningen se distanciou das declarações de Leonard sobre os processos contra padres pedófilos.
O arcebispo afirmou em 27 de outubro que enviar à justiça os religiosos pedófilos de idade avançada seria como exercer uma “espécie de vingança”.
Em setembro a justiça belga publicou um relatório com depoimentos de quase 500 vítimas de padres pedófilos, com denúncias de crimes cometidos entre os anos 1950 e 1980.
[b]Fonte: AFP
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