O Governo chinês informou nesta quarta-feira, em comunicado oficial, que não permitirá durante os Jogos Olímpicos anúncios publicitários com conteúdo “obsceno, sexual ou supersticioso” que possam prejudicar a imagem da China.
Segundo o comunicado, em vez da publicidade de tabaco ou produtos que garantam melhorar o desempenho sexual, as companhias deverão promover os principais lemas olímpicos, como “Olimpíada verde” e “Olimpíada culta”.
A imprensa foi instruída a prestar especial atenção nos anúncios de conteúdo religioso, relativos ao terremoto de Sichuan e que abordem temas delicados como “a soberania, a integridade territorial e a segurança nacional” da China. Para os que desrespeitarem as regras, haverá “punição conforme a lei”.
O texto, emitido por seis departamentos governamentais, entre eles o de Propaganda, afirmou que “o mercado publicitário olímpico tem relação direta com a imagem nacional chinesa”.
Há meses, a China lançou várias campanhas destinadas a controlar as empresas de publicidade e limpar os meios de comunicação, principalmente portais de internet, que o regime classifica de “publicidade ilegal”.
Entre os principais atingidos pelas medidas estão produtos e bebidas relacionados a remédios sexuais e tratamentos de doenças venéreas, em um movimento destinado a melhorar a imagem internacional dos medicamentos chineses e que agora visa promover “os melhores Jogos da história”.
Os Jogos de Pequim serão realizados de 8 a 24 de agosto. O Terra irá transmitir ao vivo e com exclusividade a competição em 13 canais simultâneos de vídeo. Além disso, os usuários terão a possibilidade de assistir novamente a todo o conteúdo a qualquer momento. Todo o acesso será gratuito.
Fonte: EFE