O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) continuará acompanhando pastoralmente familiares do grupo conhecido como os “cinco cubanos” e defenderá o direito de visitá-los na prisão, anunciou o secretário-geral do organismo ecumênico, reverendo Samuel Kobia, depois de reunir-se, no início da semana, com Adriana Pérez e Magalys Llort, parentes dos presos.

Kobia explicou que o apoio do CMI vai será canalizado especialmente através das igrejas e organizações ecumênicas de Cuba. Ele elogiou o trabalho realizado pelas igrejas nos Estados Unidos, que acompanham os cinco cubanos presos e os seus familiares.

O CMI está preocupado com o fato de ser muito difícil aos familiares, inclusive impossível para alguns deles, visitar os parentes presos. Por isso, o Conselho vai advogar, com firmeza, para que essas visitas sejam possíveis, “por razões humanitárias”, justificou Kobia.

O secretário-geral lembrou a opinião do Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre as detenções discricionárias, que, no seu relatório de 2006, assinala que a privação da liberdade dos cinco cubanos é arbitrária. Autoridades dos Estados Unidos negaram vistos às esposas de dois presos cubanos.

Os “cinco cubanos” – Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, Fernando González e René González – foram presos nos Estados Unidos depois de condenados por tribunal federal de Miami, no dia 8 de junho de 2001.

Eles foram acusados de conspirar para cometer espionagem contra os Estados Unidos. Os cinco admitiram que participavam de atividades de controle a grupos assentados em Miami para impedir ataques terroristas em Cuba.

Depois de cinco anos presos, no dia 9 de agosto de 2005, o Tribunal de Apelação Federal acatou pedido dos cinco cubanos, anulando as condenações e ordenando novo julgamento fora de Miami. Mas o governo estadunidense recorreu e o tribunal revogou a decisão.

Fonte: ALC

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