Um sacerdote português, que vive há cerca de 40 anos na Colômbia, foi condenado a quatro anos e nove meses de prisão por “atos sexuais agravados com menor de 14 anos”, revelaram fontes judiciais.

Vítor Ramon Blanco Rodriguez, de 65 anos, membro da Comunidade Católica Agostinha Assuncionista, foi acusado de ter abusado de vários meninos na Fundação A Minha Casa, criada em 1968, em Cali, para acolher crianças em risco.

Foram algumas das vítimas, que na sua infância viveram no albergue sendo depois adotados por estrangeiros, que denunciaram os abusos por parte de Blanco e do irmão Guillermo Penilla, agora com 84 anos e sofrendo de Alzheimer.

Em Junho, ao ser detido, o padre Blanco apresentou-se voluntariamente ao Ministério Público e confessou o crime.

Segundo a confissão do próprio religioso, os abusos eram cometidos há 15 anos, na instituição que dirigia. O sacerdote pediu perdão às vítimas e às suas famílias, bem como à Igreja Católica e à sociedade.

Na altura, o embaixador português na Colômbia, Ferreira da Fonseca, disse desconhecer se aquele sacerdote conserva a nacionalidade portuguesa, uma vez que não há qualquer registro naquela representação diplomática com aquele nome.
“Se tivesse uma ligação a Portugal estaria regisrtado na embaixada”, salientou Ferreira da Fonseca.

O julgamento do sacerdote português coincidiu com a revelação de um outro escândalo sexual com menores, que terá acontecido na década de setenta, e que é protagonizado pelo também sacerdote e antigo ciclista Efraín Rozo, que foi tutor espiritual e capelão da Universidade Nacional de Bogotá.

Fonte: Diário Digital / Lusa

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