O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) encaminhou ao primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, pedido para que o governo israelense reconheça, sem reservas, o primaz da Igreja Ortodoxa Grega de Jerusalém, Sua Beatitude Patriarca Teófilo III.

A informação é do secretário-geral do CMI, pastor Samuel Kobia, que enviou carta a Olmert no dia 29 de setembro. Em razão de acordos tradicionais, a eleição do patriarca de Jerusalém, cabeça da igreja mais antiga e importante da Terra Santa, é respaldada por autoridades de Israel, da Jordânia e da Palestina.

Autoridades israelenses negaram-se, contudo, a convalidar a eleição, em agosto de 2005, do líder da maior igreja-membro do CMI na Terra Santa, impedindo, assim, que a igreja funcione normalmente.

Kobia também protestou pelo fato de Israel continuar reconhecendo o patriarca Irineu, “devidamente deposto”, que está “em contravenção com as ações dos legítimos representantes religiosos” da igreja em Jerusalém.

O Comitê Central do CMI, reunido em inícios de setembro em Genebra, entendeu que a ação do governo israelense equivale à interferência do Estado em assuntos da igreja.

“Para terminar essa carta, observarei que as manifestações significativas e apropriadas de respeito à religião honram a quem ocupa posições de poder em qualquer lugar. Tal é o caso, mais do que em qualquer outro local, na cidade divina de Jerusalém e entre as comunidades de todo o mundo que olham para ela com fé e esperança”, finalizou Kobia.

Fonte: ALC

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