No dia do 121º do aniversário da assinatura da Lei Áurea, que aboliu a escravidão em território brasileiro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) denunciou neste quarta-feira, 13 de maio, as “precárias condições de vida da população negra” do país.
“A abolição não foi acompanhada por medidas de inserção dos afro-brasileiros na sociedade como portadores de direitos” e não representou “melhores condições de vida para os descendentes desse povo”, diz uma nota divulgada hoje pela entidade.
Os bispos lembraram que “a riqueza do Brasil colonial e do Império foi construída, principalmente, pelas mãos de negros e negras que foram escravizados” e sustenta que “a memória desse fato motiva a sociedade a estar consciente da dívida que tem com os descendentes dos povos africanos”.
A nota acrescenta que “é preciso aprofundar políticas afirmativas de inclusão social da população afro-brasileira, e especialmente das crianças e jovens”, para os quais se deve promover “uma educação de qualidade, acesso ao ensino superior e um atendimento qualificado em questões de saúde”.
Fonte: Terra