O comediante norte-americano Bill Maher, dono de um humor ácido e contestador, já há muito tempo vêm falando mal e detratando todas as religiões em seus programas e shows. De origem judaica, Maher não respeita ninguém e “bate com força” em todas as denominações e seitas religiosas ridicularizando e achacoalhando todos os que professam alguma fé religiosa, sem piedade.
São dele frases como “todos os religiosos são pessoas com algum tipo de disfunção neurológica”, “eu já odiava a Igreja muito antes de qualquer outra pessoa” e “Religião para mim é a burocracia entre Deus e os homens”, só para citar algumas “pérolas” do comediante.
O interessante é que Bill Maher não se declara ateu; ele diz acreditar em uma “força qualquer” , mas, segundo ele “Deus não é um pai solteirão que escreve livros”. Extremamente inteligente e articulado, Maher é figurinha carimbada em “talk shows” tipo Larry King, Jay Leno e David Letterman e sempre dá um jeito de encaixar alguma frase de efeito anti-religião em suas aparições na mídia.
Agora, o comediante está querendo dar mais um passo nessa direção, lançando o filme “Religulous”, um documentário estilo “Michael Moore” que busca ridicularizar todas as religiões. O título, aliás, é uma montagem das palavras da lingua inglesa “Religion” (religião) e “Ridiculous” (ridículo). O filme é dirigido por Larry Charles, que iniciou sua carreira como co-autor da aclamada série “Seinfeld” e se tornou mais conhecido recentemente com a comédia “Borat”, na qual atuou como diretor. Em “Religulous”, pessoas pertencentes às mais diferentes e bizarras religiões são entrevistadas e algumas são submetidas a testes psicológicos durante sessões de oração, meditação e manifestação de dons de linguas, buscando provar sua tése de alterações neurológicas em religiosos.
O resultado ainda não pode ser conferido, porquê o documentário que estava originariamente agendado para estrear na semana santa , teve que ser adiado por conta da greve de roteiristas de Hollywood.
Apesar de Maher alegar que não tem por intenção atingir nenhuma religião em especial, o cristianismo é sempre seu principal alvo. O fato de ter programado o lançamento na semana santa é uma prova clara disso, e em suas entrevistas e shows é visível como ele tem especial prazer em falar mal da igreja católica e das denominações evangélicas. O pior de tudo é que o filme, mesmo antes de ser lançado já tem recebido palavras de apoio de muitas personalidades e celebridades . Parece que atualmente é “chique” ser ateu em Hollywood…
Mas nem todos notam que Maher é defensor ferrenho do aborto e do casamento homossexual e afirma que dos dez mandamentos, somente dois, “não matarás “ e “não furtarás”, merecem ser levados à serio. Ou seja, honrar pai e mãe, não adulterar, não mentir, não cobiçar, e principalmente amar à Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, parecem não ter o menor valor para Bill Maher e seus colegas agnósticos. E isso mostra bastante o tipo de valores que ele deve ter.
O filme está sendo anunciado para outubro de 2008 e já sei que muita gente vai se mobilizar para fazer boicotes e passeatas. Eu normalmente sou contra esse tipo de coisa, e acho que não se pode falar sem ter assistido. Essa estória de “não vi, e não gostei” não faz muito sentido para mim . Mas, é bom estarmos preparados para debates e discussões. Nós bem sabemos que a religião tem causado muita desgraça na história. Não precisa um “Bill Maher” para nos lembrar disso.
Nós cristãos deveríamos ser os primeiros à fazer auto-crítica e lembrar que Igreja é formada por gente falha e imperfeita, como qualquer outra instituição. O que faz a diferença no nosso caso, é a pessoa de Jesus Cristo, como salvador da humanidade que venceu a morte e nos oferece a chance de reconexão com Deus.
É isso que Bill Maher não entende na sua arrogância. Não entende que precisa do amor de Deus. E não serão passeatas e piquetes que irão convencê-lo disso. Bill Maher assim como qualquer outro ateu ou agnóstico, precisa ser alvo de nossas orações e de ações evangelísticas não confrontadoras.
Não serão atos ou palavras humanas que farão efeito, mas somente a ação direta do poder de Deus. Assim como aconteceu com um certo incrédulo chamado Saulo de Tarso…
Um abraço,
Leon Neto