“The Messenger”

Hoje é “Memorial Day” aqui nos Estados Unidos , um dos feriados nacionais mais importantes do ano. É o dia em que o país relembra e presta homenagem a seus veteranos de guerra , em especial aos que morreram nos campos de batalha.

Em um país que tem se envolvido em guerras desde a sua independência, nada mais coerente do que dedicar um dia do ano, pelo menos, para reverenciar aqueles que prestam o mais difícil dos serviços à sua pátria.

Talvez movido pelo clima do dia, resolvi conferir um filme sobre o tema, e que não fez grandes alardes quando de seu lançamento nos cinemas, não fosse a indicação de Woody Harrelson para o Oscar de melhor ator coadjuvante. Trata-se de “The Messenger”, ainda sem titulo em português, que retrata a dura rotina dos soldados responsáveis por comunicar às famílias o falecimento de soldados no front.

Pense num servicinho difícil; imagine só o que é ter que todo dia dar uma noticia de falecimento de um ente querido para uma família desavisada. Talvez seja das tarefas menos desejadas pelos soldados de qualquer exército.

O filme mostra dois desse soldados, um mais experiente no ramo e outro , um herói da guerra do Iraque, que após ser ferido em batalha é designado para a tal função. Logo os conflitos interiores vão se aflorando e o nível de tensão aumenta entre os dois soldados diante da turbulência emocional a que são submetidos diariamente.

“The Messenger” é um filme um tanto monótono, mas explora com sensibilidade um lado pouco visto da guerra, certamente menos cinematográfico e honroso. O filme mostra que guerra é sempre uma desgraça e que os familiares são sempre atingidos, mesmo quando seus entes não morrem no front, pois todos são afetados de forma definitiva pelas experiências sofridas. É interessante para quem só vê os Estados unidos como uma nação imperalista e impiedosa, enxergar também o “outro lado da moeda” e ver que o cidadão comum é também afetado de forma brutal pelo que acontece do outro lado do mundo.

Nós brasileiros devemos sempre agradecer à Deus por vivermos em um país pacifico e que não se envolve em conflitos internacionais. Temos outros problemas internos de grande gravidade, mas felizmente não temos que lidar com os horrores que tanto vemos nos filmes. E a guerra é o pior dos flagelos, pois traz consigo todos os outros.

Um abraço,

Leon Neto

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