No final de junho, a Igreja Universal do Reino de Deus iniciou a construção do seu novo templo em Bauru. A trepidação da máquina bate-estaca, além do barulho, faz os prédios da vizinhança tremerem.

Toda obra causa um certo transtorno aos vizinhos porque não há como evitar barulho. Se for a construção de um prédio grandioso, é muito pior. No final de junho, a Igreja Universal do Reino de Deus iniciou a construção do seu novo templo em Bauru, na esquina da avenida Rodrigues Alves com a rua Azarias Leite, no Centro. Foi quando a obra começou a tirar o sossego dos vizinhos. A trepidação da máquina bate-estaca, além do barulho, faz os prédios da vizinhança tremerem. Para se precaver de eventual dano ao prédio da Delegacia Seccional, um dos imóveis mais próximos da obra, o delegado seccional Doniseti José Pinezi, solicitou uma perícia.

Ele registrou boletim de ocorrência de preservação relatando a trepidação. “Também solicitei ao engenheiro da Polícia Técnica a elaboração de um laudo do prédio, para nossa preservação. Se futuramente apresentar algo, temos o levantamento”, observa. Pinezi ressalta que uma equipe técnica responsável pela obra da igreja também fez um estudo sobre o prédio da Delegacia Seccional. Na manhã de ontem, a cada batida da máquina, as janelas da Delegacia Seccional balançavam. “É um barulho insuportável. Treme tudo”, conta a funcionária de uma loja de roupas usadas que fica em frente à obra e que preferiu não se identificar. Apesar da vibração, ela conta que não aconteceu nada ao seu prédio. “Só atrapalha um pouco os clientes”, diz. Patrícia Honer, vizinha da construção, também critica o barulho. “Não dá para agüentar. Fora o barulho, o prédio treme. Mas por enquanto, não rachou nada por aqui”, aponta.

Mesmo do outro lado da quadra, na rua Bandeirantes, os comerciantes estão reclamando. “Quando a máquina começa a funcionar, treme tudo, faz barulho, os vidros balançam”, descreve o funcionário de uma loja de transformadores. Apesar do aborrecimento que atinge todo o quarteirão, ele falou que pode até se acostumar com o barulho. “Incomoda muito, mas se continuar por muito tempo, você acaba até se acostumando”, ironiza.Jorge Luiz Alves, engenheiro da igreja, considera muito difícil que a vibração causada pelo bate-estaca cause algum dano estrutural nos prédios vizinhos. “As ondas provocadas pela máquina se propagam e essa trepidação é normal”, garante. “Mas, por precaução, fizemos levantamento dos prédios ao redor, tiramos fotos e não constatamos nenhuma anomalia causada pela máquina. E, se acontecer algum dano causado pelo equipamento, a igreja se prontificará a ressarcir”, diz. Sobre o barulho, Alves calcula que essa fase da construção acaba em até 20 dias.

Igreja

O templo será erguido em um terreno de 3.900 metros quadrados com saídas para a rua Azarias Leite (em frente à Praça Dom Pedro II), avenida Rodrigues Alves e rua Bandeirantes. No ano passado, informações extra-oficiais davam conta de que somente a área custou entre R$ 3,5 milhões e R$ 4 milhões. A igreja terá capacidade para abrigar até 3 mil fiéis.No início do ano passado, a Igreja Universal do Reino de Deus mantinha cerca de sete mil fiéis e cinco templos: o central, localizado na Praça Machado de Mello, e outros menores no Núcleo Mary Dota, Jardim Carolina, Vila Nova Esperança e Parque São Geraldo. Atualmente, está presente em todos os Estados e em mais de 80 países. O maior templo fica no Rio de Janeiro, com capacidade para mais de 10 mil pessoas.

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru

Comentários