Representantes de povos autóctones, reunidos em consulta convocada pela Federação Luterana Mundial (FLM), pediram a elaboração de uma teologia indígena, que traga mudanças ideológicas e introduza valores éticos da perspectiva aborígene.

A consulta, sob o tema “Uma comunidade indígena”, congregou 27 participantes de povos indígenas e de igrejas de 20 países, de 20 a 24 de setembro, em Karasjok, cidade norueguesa que abriga o Parlamento Sami. Dois terços dos 70 mil samis existentes no mundo vivem na Noruega, no norte do país. Os demais espalham-se pela Finlândia, Suécia e Rússia.

O direito à terra foi um dos principais temas em discussão na Consulta de Karajok. “Direito agrário e território são importantes para a identidade dos integrantes de povos indígenas e são direitos fundamentais”, arrolaram os participantes em documento tirado do encontro.

A consulta sugeriu a criação, no próximo ano, de um grupo assessor em questões indígenas, vindo ao encontro de decisão da 10a. Assembléia Geral da FLM, realizada em 2003 em Winnipeg, no Canadá, no sentido de desenvolver diretrizes para um programa voltado aos povos indígenas.

O assistente da secretaria geral da FLM para assuntos de Direitos Humanos, Peter Prove, explicou que a consulta teve por objetivo reunir pessoas que se encontram em situações idênticas, para trocar idéias e experiências, com o intuito de melhorar as condições de vida nas suas comunidades.

O representante da Igreja Luterana Costarricense (ILCO), Ruben Chacon, saiu satisfeito com os resultados alcançados na consulta, mas disse que ainda há muito trabalho por fazer. Participaram do encontro em Karasjok representantes indígenas da Argentina, Austrália, Brasil, Costa Rica, Estados Unidos, Filipinas, Índia, Indonésia, Canadá, Malásia, Namíbia, Nepal, Nova Zelândia, Noruega e Suécia.

Fonte: ALC

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