Fontes afirmam que integrantes da Al Qaeda ligados ao grupo muçulmano somali Al-Shabaab executaram publicamente um ex-muçulmano no distrito de Hudur, Somália, dia 1º de julho.
Muhammad Guul Hashim Idiris, um cristão convertido do islamismo, estava viajando de Kalafo, cidade na fronteira com a Etiópia, para visitar sua mãe em Mogadishu.
Um dos passageiros perguntou para ele se acreditava que o profeta Maomé era um genuíno mensageiro de Deus. Idiris respondeu dizendo: “Se fosse assim, eu acreditaria nele, e não no Messias”.
Assim que eles chegaram ao distrito de Hudur, uma “fortaleza” do grupo Al-Shabaab, o homem falou sobre Idiris para representantes do grupo, que o prenderam no dia 27 de junho. Idiris foi acusado de insultar o profeta Maomé. É considerado um pecado grave pensar que Maomé não é um profeta legítimo, e é punível de morte.
O xeique Adan Yare, governador do Al-Shabaab na região de Bakol, falou com a imprensa no dia 1º de julho, e disse: “Nossos guerreiros santos executaram hoje, dia 1º de julho, um jovem chamado Muhammad Guul Hashim Idiris, que insultou nosso amado profeta Maomé”.
O cristão estava casado desde o dia 26 de janeiro de 2010, e sua esposa estava grávida.
O tio de Idiris, também cristão, falou à agência International Christian Concern de Addis Ababa, dizendo que a execução foi “uma evidência clara da tentativa do grupo Al-Shabaab de eliminar o cristianismo entre a população da Somália”.
Jonathan Racho, diretor regional da ICC na África, declara: “Estamos muito tristes com mais essa execução de um cristão somali. O Al-Shabaab e outros grupos extremistas querem retirar os cristãos do país. Muitos cristãos já foram mortos. ‘A ação cruel e desumana do Al-Shabaab mostra um completo desrespeito pela vida”.
Fonte: Missão Portas Abertas