O cristão ex-muçulmano Radwan Mohammad bin Muhammad, 40, foi sequestrado no dia 30 de julho pelos extremistas da Legião Sham, na Síria.
Segundo as informações da organização de direitos humanos, Afrin, o grupo aliado dos militares turcos invadiu a casa do seguidor de Jesus e o levou para a aldeia de Jaqmaq Kabir, no distrito de Rajo, região noroeste do país.
Tudo isso aconteceu no instante em que a esposa de Muhammad morreu. Os rebeldes impediram que ela fosse velada e enterrada conforme os costumes culturais, já que também havia se tornado cristã antes de falecer.
De acordo com algumas fontes, o cristão ex-muçulmano não aceitou a decisão e protestou. Como consequência, foi levado sob custódia para um centro de detenção, acusado de apostasia.
Segundo um porta-voz da ONG, os militares costumam executar pessoas acusadas pelo mesmo “crime” de Muhammad. Mas há esperança de que ele possa ser solto em breve.
“Radwan é nosso irmão e condenamos esse ato. Mantenho contato com as pessoas da aldeia para ficar atualizado sobre a situação. Felizmente, há rumores de que eles podem libertá-lo, oramos para que isso seja verdade”, testemunha um pastor local.
De acordo com o líder cristão, não foi a primeira vez que Muhammad foi capturado. “Cerca de um ano atrás ele foi sequestrado, espancado e preso. Mas depois de algum tempo, eles o deixaram ir. É muito comum em Afrin que extremistas sequestrem alguém, peçam resgate de milhares de dólares. Se não pagam, matam a pessoa, mas também muitos morrem sob tortura”, explica.
Desde março de 2018, a região de Afrin foi ocupada pelas forças armadas turcas, por meio da operação Olive Branch. O fato provocou a fuga de centenas de sírios, a maioria deles cristãos.
A Síria é o país em 11º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2020. Um dos principais responsáveis pela hostilidade contra os seguidores de Jesus no território é o extremismo islâmico.
Fonte: Portas Abertas