No dia 19 de abril, cerca de 30 líderes da igreja não registrada na China foram presos após terem se encontrado com quatro cristãos americanos, informou a Associação de Ajuda à China (CAA, sigla em inglês).
“Entre os cristãos estava um pastor, já idoso, e um pastor da igreja americana”, disse o porta-voz da entidade. “Fontes seguras nos relataram que quatro americanos desembarcaram no aeroporto de Akesu, em Xinjiang, no dia 17 de abril e se encontraram na casa de um líder da igreja no dia 18”, completou.
As últimas notícias indicam que os quatro americanos estão sendo mantidos confinados em um hotel para interrogatório. O intérprete dos americanos, o senhor Jinhong Li, de Beijing, continua detido.
“No dia 23 de abril o Escritório de Segurança Pública confiscou a bagagem dos quatro americanos que estava na casa onde eles haviam se hospedado”, disse o porta-voz.
Oito pastores chineses foram liberados no dia 20 de abril e pelo menos seis outros receberam os papéis indicando que ficarão presos durante 30 dias sob a acusação “de envolvimento com atividades de culto satânico”.
A CAA disse que entre os acusados estão os pastores Xinglan Zhao, Xiurong Huang, Tianlu Yang, Chaoyi Wang, Cuiling Li e Sijun He.
O governo chinês pode sentenciar os seis pastores a uma pena de um a três anos de trabalhos forçados. Isso porque eles já foram detidos durante um mês, há alguns anos, por terem organizado atividades da igreja não registrada.
Testemunhas disseram que pelo menos dois dos presos foram vistos com o nariz sangrando e hematomas no corpo e rosto, o que indica que houve tortura no local do interrogatório. Eles estão presos no centro de detenção de A Ke Su.
A CAA foi informada que a embaixada dos Estados Unidos está intervindo no caso. “É urgente que as autoridades de Xinjiang obedeçam a lei chinesa e os tratados internacionais de liberdade religiosa”, disse o reverendo Bob Fu, presidente da instituição.
Fonte: Portas Abertas