Durante uma visita da equipe da Portas Abertas à Tunísia, Adel* e seu irmão Ramez*, recentemente convertidos ao cristianismo, participaram de uma conversa em grupo e contaram um pouco sobre suas experiências. Ramez cresceu em uma família jihadista e muitos dos seus familiares estão lutando na Síria. Ele pega um papel impresso de dentro de um envelope e mostra aos outros. É uma conta de luz. “Nós não temos o suficiente para pagar”, diz ele e, em seguida, acrescenta: “Acho que não seremos capazes de ficar muito tempo nesta casa, as contas são muito altas”.

Ele diz que não pensa muito sobre o futuro. “Eu quero que o Senhor me guie e abra os meus olhos. A igreja é um ponto central na minha vida. A igreja desta cidade está em meu coração”. O grupo admite que ser cristão em seu país não é fácil. Em alguns países norte-africanos é bem alto o número de convertidos que abandonam a igreja em pouco tempo. É exatamente por isso que a Portas Abertas tenta fortalecer a liderança da igreja nesses locais, oferecendo programas de discipulado e dando uma base forte aos novos cristãos.

“Temos que lutar, pois quem viu a luz, nunca mais irá voltar à escuridão”, diz Marwan*, outro membro da igreja doméstica. E Adel aponta para o livro de Jó, dizendo: “Eu amo esse livro da Bíblia. Eu sei que Deus não esquece o seu povo e ele não abandona a sua igreja. Precisamos suportar, porque Deus nos criou para viver na eternidade”. Apesar das dificuldades, a igreja cresce e isso é um incentivo para eles. “A Bíblia nos diz para amar os nossos inimigos, então nós temos que espalhar o amor. Nós conhecemos a mentalidade das pessoas daqui, então nós somos os mais indicados para oferecer o amor de Jesus a eles”, conclui Marwan.

*Nomes alterados por motivos de segurança.

[b]Fonte: Portas Abertas Internacional[/b]

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