O padre Emmanuel Asi, secretário da Comissão Bíblica do Paquistão, considera que os cristãos no país vivem uma situação muito difícil de “discriminação social, opressão política e perseguição religiosa”.

Em diálogo com a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), na sede da organização, o também chefe do Instituto Laical de Teologia de Lahore explicou que os cristãos no Paquistão são considerados cidadãos de segunda classe, sendo-lhes negados os mais elementares direitos humanos.

O sacerdote disse que a agressão aos cristãos motivada por motivos religiosos “em qualquer momento” gera “todos os tipos de problemas que alguém possa imaginar”. “O temor e o sentimento de insegurança entre os fiéis são grandes”, completou.

A Comissão Bíblica Católica, que recebe ajuda da AIS, publicou a nona edição da Bíblia em urdu, idioma oficial do Paquistão juntamente com o inglês. “Os nossos fiéis nutrem um amor natural e inato à Sagrada Escritura”, apontou o padre.

Este responsável falava no contexto das celebrações do 60.º aniversário do país, celebrado no dia 14 de Agosto. Segundo o clérigo, o ideal do “Pai da Nação Paquistanesa”, Ali Jinnah, viu-se obscurecido e a abertura que ele proclamava para aceitar todos sem discriminar as pessoas por causa da sua fé “já não existe”.

Fonte: Portas Abertas

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