Casa de cristão destruída na Índia. (Foto: Portas Abertas)
Casa de cristão destruída na Índia. (Foto: Portas Abertas)

O conflito que eclodiu há quase um mês, no estado de Manipur, Índia, persiste e resultou no corte de internet e racionamento de luz na região. Segundo fontes locais, a situação está mais calma, sem relatos de ataques violentos recentes, mas a tensão e a possibilidade de novos embates permanecem.

Por causa da instabilidade, o preço dos itens de necessidade básica subiu rapidamente, de modo que um saco de arroz está 60% mais caro. Trabalhadores estão preocupados com o futuro e muitos já enfrentam a falta de recursos e a fome.

Escolas e outras instituições de ensino também estão suspensas e há racionamento de combustíveis e limite de saques nos bancos. Cristãos locais confirmaram que o número de igrejas incendiadas subiu para 300 e mais de mil casas de cristãos foram incendiadas e destruídas. Os cultos estão suspensos, assim como todas as outras atividades das igrejas, por período indeterminado.

Perseguição explícita

A parceira local Ashish* afirmou que “os cristãos tribais das minorias kuki, chin, mizo e zomi consideram o cristianismo como parte da identidade deles. A destruição das igrejas é uma ofensa contra as comunidades, sua identidade e o Deus a quem adoram”.

Os sentimentos das comunidades cristãs estão feridos, especialmente pela injustiça e pelo descaso para privilegiar a comunidade meitei. A animosidade deve continuar por muitos anos. A aliança da comunidade meitei com outras minorias étnicas remonta aos primeiros dias da guerra civil entre os naga e os kuki nos anos 1990.

Yohan Murray*, outro parceiro da Portas Abertas afirmou: “Apesar das recomendações da Suprema Corte, o governo não agiu para impedir a violência e restabelecer a paz. Se houver uma guerra civil, será terrível. Muitas vidas e propriedades serão destruídas e a perseguição às minorias religiosas se tornará explícita”.

*Nomes alterados por segurança.

Fonte: Portas Abertas

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