Apesar de enfrentarem perseguição de parentes e governo, cristãos chineses não abandonam a fé
Apesar de enfrentarem perseguição de parentes e governo, cristãos chineses não abandonam a fé

Os cristãos chineses enfrentam dois gigantes quando o assunto é perseguição: o governo comunista e o extremismo budista. As igrejas clandestinas são proibidas e quando alguma é descoberta, é fechada imediatamente.

Os membros são instruídos a frequentarem as igrejas estatais, que são doutrinadas a pregar apenas assuntos autorizados pelos governantes. Se o cristão for funcionário público ou professor e for pego frequentando uma comunidade secreta, pode perder o benefício da aposentadoria.

A Portas Abertas visitou seguidores de Jesus que fazem parte de uma minoria étnica no país para treiná-los e encorajá-los a permanecerem em Cristo, apesar das retaliações governamentais e familiares.

Recentemente, uma igreja foi fechada na vila de Mushroom, localizada no Sudoeste da China. Os cristãos ex-budistas foram instruídos a se manterem longe do grupo dessa igreja.

“Mas os cristãos decidiram continuar se reunindo, apesar da possibilidade real de prisão. Não é mais seguro se encontrar no prédio, então eles construíram uma estrutura improvisada de bambu logo atrás da casa do pastor”, conta um colaborador no país.

As famílias costumam tentar forçar os cristãos a desistirem da nova fé. Mas apesar das dificuldades dentro e fora de casa, eles se mantêm alegres e decididos a permanecer em Cristo. O ânimo deles contagiou a equipe visitante.

“Alguns tiveram que viajar por três ou quatro horas, então ficaram na casa do pastor. Outros caminharam por uma hora pelas montanhas e voltavam para casa todas as noites, após o término das reuniões, porque moravam mais perto”, afirma.

Nem sempre os cristãos têm a coragem para retornar à igreja secreta. O pastor Pan* é prova disso. Antes ele se reunia com irmãos e irmãs em um lugar não suspeito: uma casa de chá. Os funcionários do governo chinês se passaram por vendedores de infusão e descobriram a comunidade cristã. Então, proibiram os trabalhos e disseram aos cristãos para se encontrarem na igreja estatal. O líder mudou de local, mas as reuniões não foram frequentadas como antes.

“A maioria do grupo optou por frequentar a igreja do Estado por medo de outras consequências ou não frequentar nenhuma”, finaliza.

*Nome alterado por segurança.

Fonte: Portas Abertas

Comentários