Cristãos se reúnem em frente ao Tribunal Internacional de Haia. (Fotos: Facebook/ Embaixada Cristã Internacional)
Cristãos se reúnem em frente ao Tribunal Internacional de Haia. (Fotos: Facebook/ Embaixada Cristã Internacional)

Mais de mil cristãos se reuniram em Haia nesta quinta-feira, 11, para participar de uma marcha em apoio a Israel e em oposição à abertura do processo movido pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça (CIJ).

“As audiências foram abertas na manhã desta quinta-feira no Tribunal Internacional de Justiça sobre a petição tortuosa da África do Sul para que Israel seja acusado de cometer genocídio em Gaza”, escreveu a Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém.

“Nossos Diretores Nacionais da Holanda, Jacob e Hennie Keegstra, e outros apoiadores da ICEJ juntaram-se ao pessoal da Christians Voor Israel International, dos Cristãos em Defesa de Israel e de outros grupos cristãos e judeus para apoiar Israel contra esta falsa acusação”, continuou.

A África do Sul acusou Israel de perpetrar atos genocidas contra os palestinos, uma alegação contestada por quase 30 organizações cristãs sul-africanas em uma carta aberta no início desta semana.

Riscos aos judeus e antissemitismo

A carta aberta, enviada ao escritório do Ministro da Justiça da África do Sul, Ronald Lamola, que representa o caso sul-africano em Haia, caracterizou a iniciativa legal da África do Sul como “fundamentalmente falha”.

O documento também afirmou que a decisão vai de encontro aos melhores interesses da África do Sul, podendo acarretar consequências políticas e econômicas prejudiciais.

“O governo sul-africano prejudicou os interesses de seu povo para alcançar os objetivos políticos e religiosos de terceiros. O governo também está ciente de que a abordagem parcial que adotou colocou em risco seus cidadãos judeus, incitando o antissemitismo, assim como minou a liberdade religiosa dos cristãos na África do Sul.”

África do Sul contesta carta

Em resposta, o gabinete de Lamola, por meio de seu porta-voz Phiri Chrispin, escreveu:

“Obrigado pela sua declaração”, escreveu Chrispin num e-mail endereçado à ChristianView Network, um grupo de lobby na África do Sul que ajudou a liderar o apelo da carta.

“Agradecemos seu esforço em compartilhar suas opiniões conosco. No entanto, a sua declaração está repleta de uma série de imprecisões factuais e os princípios do direito internacional não apoiam alguns dos argumentos.”

“Vamos delinear nosso caso detalhadamente hoje perante o tribunal mundial. Você pode acompanhá-lo em diversas plataformas de notícias”, conclui a resposta.

Philip Rosenthal, um dos signatários da declaração ao governo e diretor da ChristianView Network, disse ao Jerusalem Post que embora a rede cristã não possa parar o processo nesta fase, “[eles] planejam reunir-se com eles para aprofundar o diálogo”.

Fonte: Guia-me com informações de Jerusalém Post

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