Numa tentativa de se apropriar do terreno de uma igreja, três muçulmanos radicais incitaram e lideraram uma multidão para atacá-la no dia 18 de março em Gajrakh, uma vizinhança cristã da cidade de Gurjanwala, durante a Semana Santa.
O caso mobilizou os cristãos a se unirem em um protesto no dia 19 de março contra o incidente, segundo a organização Preocupação Cristã Internacional ( ICC, sigla em inglês).
De acordo com a versão lançada pela ICC, a multidão queria confiscar o terreno da comunidade que pertencia à igreja em Gajrakh. O grupo maltratou o pastor Shairf Bhatti, que presenciou o incidente junto com outros cristãos, aparentemente, no sentido de impedir o ataque.
A multidão enfurecida, de acordo com a versão, atirou pedras na igreja. Os cristãos reagiram e os radicais fugiram.
Máfia dos terrenos
O coordenador chefe do Ministério Compartilhando Vida no Paquistão, Sohail Johnson, condenou o ataque e convocou o governo a tomar medidas contra o que chamou de “máfia dos terrenos”.
“A máfia dos terrenos tenta se apropriar de terras cristãs e igrejas em conivência com algumas ovelhas negras”, disse Sohail Hohnson enquanto referia-se ao que denuncia como “atos inescrupulosos do governo”.
Ele também convocou os cristãos de todo o país para se unirem contra a tentativa da máfia de se apropriar de terras.
Protesto
Os cristãos residentes da área fizeram um protesto no dia seguinte e pediram por proteção a todas as minorias religiosas em seus locais de adoração. Eles bloquearam a principal rodovia na cidade e levantaram cartazes contra os responsáveis pelo ataque, exigindo justiça.
O pastor Sahri Bhatti, o pastor Sabir e outros líderes ameaçaram fazer um protesto na frente da sede das autoridades policiais caso os responsáveis não fossem presos.
Adnan Gujar, que junto com outros muçulmanos, incluindo Muhammad Asghar e Muhammad Asharaf, lideraram o ataque, foram presos. Os demais continuam soltos.
Segundo a ICC, os cristãos compraram o terreno em 1984 de um muçulmano, Muhammad Nazir. Alega-se que a venda foi feita contra a vontade dos filhos e por isso eles tentaram reaver o terreno à força.
Fonte: Portas Abertas