O arcebispo caldeu de Erbil acusou a BBC de ignorar a situação dos cristãos e yazidis perseguidos na série de documentários Era uma vez no Iraque .
O arcebispo Bashar Warda disse que os cristãos e outras minorias religiosas se sentiram tristes por terem sido privados de sua voz, informa o The Times .
Ele disse que era “doloroso e prejudicial” para as minorias religiosas terem sido “apagadas” do documentário, que foi produzido pela KEO Filmes e transmitido pela BBC Two.
Era uma vez no Iraque compartilha os relatos em primeira mão dos iraquianos desde a queda de Saddam Hussein até a ascensão do Estado Islâmico.
Em uma carta à BBC, o arcebispo questionou por que a série omitiu a inclusão de experiências de minorias religiosas que sofreram estupros, sequestros e assassinatos nas mãos do Estado Islâmico.
“Como pode ser isso? Não havíamos sofrido a guerra e suas consequências, assim como nossos irmãos e irmãs muçulmanos?” ele escreveu.
“Você entende a perseguição que temos sofrido em nossa terra natal? E que os cristãos existem nesta terra há 2.000 anos, os mandeístas e os yazidis há ainda mais?
“A perseguição, o assassinato e o estupro dentro de nossas comunidades minoritárias não contam? Nossas experiências com a invasão de 2003 … irrelevantes? As comunidades minoritárias se sentiram e continuam a sentir-se sem voz em nossa perseguição e sofrimento no Iraque…o grande documentário da BBC é prejudicial.”
Um porta-voz da BBC defendeu o documentário, dizendo: “Esta série altamente aclamada de produtores premiados não afirma oferecer uma história definitiva da Guerra do Iraque ou de seu povo; em vez disso, procura contar histórias de indivíduos de muitos lados desses conflitos – civis, soldados e jornalistas – permitindo que o público entenda o impacto da guerra em um nível pessoal e como foi viver os momentos-chave. “
Folha Gospel com informações de The Christian Today
