Wang Runyun com sua esposa e filhos após sair da prisão por participar de evento com Tim Keller. (Foto: ChinaAid)
Wang Runyun com sua esposa e filhos após sair da prisão por participar de evento com Tim Keller. (Foto: ChinaAid)

Os cinco cristãos presos na China por participarem de uma conferência cristã com Tim Keller foram libertados na última quarta-feira (30), após oito meses na prisão.

De acordo com a China Aid, Zhang Ligong, Wang Runyun, Wang Shiqiang, Zhang Yaowen e Song Shoushan foram recebidos na saída do presídio por seus irmãos da Igreja Reformada de Xuncheng, na cidade de Taiyuan. Os cristãos libertos estavam cheios de paz e alegria.

Um deles, Wang Runyun, comemorou a volta para casa em uma publicação nas redes sociais, com uma foto junto de seus filhos. “Querida família, estamos de volta em casa com segurança. Obrigado por suas orações. Estou muito agradecido!”, escreveu Wang.

Os crentes foram presos pelas autoridades comunistas em julho do ano passado após participarem da conferência “Evangelho e Cultura KL 2020” na Malásia, organizada pelo pastor chinês indonésio Stephen Tong. Eles foram detidos sob a suspeita de terem cruzado ilegalmente a fronteira nacional.

O grupo viajou junto, legalmente com seus passaportes válidos, para a Malásia em 2020, para participar da conferência internacional, entre os dias 28 a 31 de janeiro.

Entre os palestrantes do evento, estavam o famoso teólogo e autor best-seller, Tim Keller, professor emérito de Novo Testamento na Trinity Evangelical Divinity School e co-fundador da The Gospel Coalition.

Em novembro do ano passado, a polícia chinesa prendeu mais dois cristãos da Igreja Reformada de Xuncheng, os ministros An Yankui e Zhang Chenghao, por participarem da mesma conferência com Keller.

Paranóia comunista

Segundo a China Aid, a prisão dos dois ministros foi realizada sob “a mesma acusação absurda”. Para a organização, o motivo de An Yankui estar sendo perseguido pode ser devido a seus laços com a perseguida Igreja Early Rain Covenant e com o pastor Wang Yi.

O Gerente Regional da ICC para o Sudeste Asiático, Gina Goh, explicou que o governo chinês teme o relacionamento dos cristãos chineses com crentes do exterior.

“Pequim é paranóica sobre a interação dos cristãos chineses com os cristãos no exterior. Como resultado, eles estão penalizando os cristãos para impedi-los de ‘receber influência estrangeira’. É uma pena que o governo chinês manipule constantemente as leis para violar a liberdade religiosa de seus cidadãos”, afirmou Goh.

De acordo com relatórios divulgados recentemente, a perseguição religiosa na China se intensificou desde 2020, com milhares de cristãos afetados pelo fechamento de igrejas e outros abusos dos direitos humanos.

Fonte: Guia-me com informações de The Christian Post

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