Trezentos cristãos estão participando de uma demonstração pacífica na localização original de sua igreja, para protestar contra a ocupação do governo local na China e a venda do terreno, informou a Associação de Ajuda à China (CAA, sigla em inglês).
Desde 16 de outubro, 300 cristãos do Movimento das Três Autonomias (igreja reconhecida pelo governo chinês) estão reunidos diante da propriedade em protesto contra a venda do terreno, que fica no distrito de Qinzhou, na cidade de Tianshui, província de Gansu. A propriedade foi vendida para uma construtora por cerca de US$ 2,2 milhões, apesar de os cristãos terem oferecido US$ 6.348 pelo imóvel.
A igreja perdeu a propriedade em 1966, durante a Revolução Cultural, e o terreno foi alugado para duas fábricas nacionais. Depois da Revolução, a igreja pediu reiteradas vezes que o governo devolvesse o imóvel, mas o governo insistiu, em vez disso, em compensar a igreja com US$ 6.348.
A manifestação já durava quinze dias, quando a reportagem foi feita, em 1º de novembro.
Opiniões divergentes
Na semana passada, o líder mundial da Igreja Anglicana, o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, concluiu sua primeira visita à China com descrições favoráveis do país, contrariando os protestos de grupos de direitos humanos que destacam casos de violações da liberdade religiosa e dos direitos humanos.
Em um recente incidente, em 26 de outubro, 35 cristãos foram presos durante um treinamento bíblico ministrado por um pastor coreano-americano, que ainda se encontra sob vigilância domiciliar.
Grupos que monitoram a perseguição aos cristãos têm chamado a atenção para as violações da liberdade religiosa na China, o que se opõe à descrição que o arcebispo fez da China, como um país de “grande oportunidade” para os cristãos.
Fonte: Portas Abertas