Dias depois de vários ataques suicidas, no extremo norte de Camarões, a Portas Abertas visitou trabalhadores para testemunharem sobre a devastação. A cidade está tentando juntar os pedaços, o que não será tarefa fácil, porque a vida daquelas pessoas nunca mais será a mesma. Embora haja histórias miraculosas de sobrevivência, há também histórias muito tristes de perdas irreparáveis. Mas tanto um lado, como o outro, retratam o mistério da providência de Deus.
O primeiro ataque ocorreu no dia 22 de julho. Duas mulheres-bomba se explodiram exatamente ao mesmo tempo, em duas áreas separadas da cidade de Maroua. A primeira explosão ocorreu no meio de um mercado e a segunda, perto do bairro Quartier Barmaré, que é muito povoado. As primeiras notícias indicavam pelo menos 13 mortes, mas no final do dia, os trabalhadores informaram que 20 pessoas haviam morrido.
No dia 25 de julho, uma menina-bomba de aproximadamente 12 anos, detonou em uma área chamada Pont Vert, matando mais 19 pessoas. Embora o grupo Boko-Haram não tenha formalmente assumido a responsabilidade, sabe-se que ele está por trás dos ataques. Esses extremistas têm lutado para estabelecer um Estado Islâmico na Nigéria. Sua insurgência, que ganhou impulso em 2009, atingiu o pico no final de 2014, com a declaração de um Califado em torno de Gwoza, no estado de Adamawa, no nordeste da Nigéria.
O grupo já matou cerca de 12.500 cristãos nigerianos, e deslocou em média 500 mil deles. A violência já ultrapassou as fronteiras entre a Nigéria e Camarões, Chade e Níger. A insegurança dos moradores desses países é cada vez maior. Entre paredes quebradas e telhados escancarados, muitas pessoas choram a perda de seus familiares e amigos. É um momento difícil de descrever, pois os acontecimentos são muito recentes e as pessoas parecem ainda estar em transe. Esses cristãos necessitam da sua oração, lembre-se deles!
[b]Fonte: Portas Abertas Internacional[/b]