Os membros de igrejas da China vem sendo ameaçados de sofrerem processos judiciais por levarem seus filhos à igreja desde o início do mês, segundo a organização norte-americana China Aid.
[img align=left width=300]https://thumbor.guiame.com.br/unsafe/840×500/smart/media.guiame.com.br/archives/2016/07/25/233250848-cristaos-china.jpg[/img]Agora, alguns dos membros de igrejas domésticas — que não são reconhecidas pelo governo da China — foram obrigados a assinar documentos renunciando o direito de levar as crianças para os cultos. A informação foi divulgada pela China Aid neste sábado (23).
Oficiais ainda reforçaram que os pais que forem contra a direção do governo poderão afetar o futuro de seus filhos: as crianças não serão autorizadas a ingressar na faculdade ou academia militar em alguns anos.
O líder de uma igreja doméstica de Huaqiu, na província de Guizhou, questionou a um funcionário do governo o motivo dessa repressão sobre os cristãos chineses. De acordo com Mou, que não forneceu seu sobrenome por razões de segurança, o oficial respondeu: “A liderança de nível superior nos mandou fazer isso. Estamos apenas fazendo conforme eles nos ordenaram”.
Segundo o fundador da China Aid, Bob Fu, a Constituição da China garante a liberdade de religião, mas proíbe a prática de atividades religiosas a menores de 18 anos. Com base nisso, as autoridades locais de Huaqiu ameaçaram impedir os alunos de entrarem no vestibular.
Bob também afirma que as autoridades locais ameaçaram cortar os subsídios do governo para famílias de baixa renda, se elas forem à igreja.
Casos como esses não acontecem apenas em Huaqiu, relata Bob. Na província de Sichuan, cerca de 36 cristãos foram detidos por ir à igreja, apenas em 2014.
Segundo as estatísticas, nos últimos anos, as igrejas domésticas da China cresceram mais rápido do que igrejas cadastradas pelo governo. De acordo com Bob, as autoridades chinesas parecem ansiosas em travar esta tendência.