Na Serra Nevada de Santa Marta vivem os arhuacos, um grupo étnico indígena da Colômbia que ainda mantém suas tradições e ritos. A crença deles diz que as montanhas são o coração do mundo e devem ser guardadas por eles. Para isso, são guiados por seres espirituais e forças da natureza, a quem o líder espiritual, chamado mamo, realiza rituais para manter o equilíbrio.
Entre esse grupo étnico, há alguns indígenas que se converteram ao cristianismo e formaram uma pequena comunidade onde tentam viver a fé. Fora dessa comunidade, há cristãos isolados que precisam manter as crenças em segredo. Esses dois grupos enfrentam perseguição, pois, dentro da religião dos arhuacos, a harmonia com os espíritos é mantida através de cerimônias. Quando um arhuaco se converte ao cristianismo ele recusa a seguir tais ritos e é visto como inimigo e traidor da comunidade e da cultura.
Deixar a crença e as tradições de lado expõe os cristãos à pressão da comunidade. Eles são considerados culpados por tudo de ruim que acontece na comunidade: doenças, colheitas ruins, secas, acidentes. Essa culpa é traduzida em exposição pública perante a assembleia comunitária e líderes indígenas. Nessas assembleias, eles primeiro tentam convencer os cristãos a negar a Jesus e voltar a seguir as tradições. Se eles recusarem, punição física e prisão são aplicadas.
No entanto, a principal consequência da conversão ao cristianismo é o ostracismo, manifestado através da exclusão e da rejeição. Os indígenas são sociedades coletivas e, quando um indígena se converte, ele é excluído do cadastro censitário, ou seja, fica sem registro oficial no governo e é impedido de acessar saúde, educação e entidades trabalhistas e de receber subsídios do Estado em programas governamentais.
Muitos desses irmãos perseguidos enviaram seus filhos para o Abrigo Lar Cristão, um projeto da Portas Abertas na Colômbia que oferece abrigo e educação para crianças que enfrentam perseguição. Lá, essas crianças têm acesso à educação e aos princípios cristãos que não conseguem encontrar nas comunidades onde vivem. Uma forma de encorajá-los é enviando um cartão para os filhos dos cristãos perseguidos. Assim você ajuda a nova geração da igreja a se manter fiel a Jesus.
Fonte: Portas Abertas