Bandeira de Cuba (Foto: Canva)
Bandeira de Cuba (Foto: Canva)

Cerca de 87% dos eleitores aprovaram a nova constituição cubana em um referendo realizado no dia 24 de fevereiro.

Mas, as 700 mil pessoas que votaram contra a nova constituição representam um nível incomum de oposição.

Esse nível de dissidência é notável no país de um só partido, embora não represente uma ameaça para o regime comunista.

As igrejas sentiram que não foram levadas em consideração na elaboração do texto final.

Por isso, líderes cristãos de diferentes denominações se uniram em uma campanha não oficial para lidar com questões constitucionais, como casamento, enfraquecimento da discussão sobre liberdade religiosa e liberdade de consciência.

Membros mais conservadores da sociedade se uniram às igrejas, segundo informa o jornal The Guardian.

Rossana Ramirez, analista da Portas Abertas, observa que “pela primeira vez na história de Cuba, os cristãos formaram uma frente unida em defesa de valores cristãos e liberdade religiosa no país.

Essa frente unida vai ajudar a voz cristã a ganhar influência na sociedade, apesar das intimidações do governo”.

O governo, por sua vez, os chamou de “antirrevolucionários” e pressionou líderes cristãos, inclusive com ameaças, a apoiar a nova constituição, informou o site Christian Solidarity Worldwide.

Rossana explica que “o governo vê a aceitação da nova constituição como um sinal de patriotismo e apoio à Revolução Cubana”.

A Igreja cubana já enfrentou muita repressão e perseguição nas longas décadas do governo da família Castro.

O novo presidente, Miguel Díaz-Canel, é o primeiro fora do clã dos Castro a dirigir o país, mas não é visto como um reformador.

A Portas Abertas pede oração pelos cristãos de Cuba, para que continuem unidos na luta por seus direitos; para que obtenham mais liberdade religiosa e, assim, a igreja cresça livremente no país.

Fonte: Portas Abertas

Comentários