O acadêmico Seb Rumsby escreveu na revista on-line que cobre a região do Ásia-Pacífico, The Diplomat sobre o crescimento do cristianismo entre o povo hmong no Vietnã.
Segundo ele, do total de um milhão de hmongs, 400 mil são cristãos. Com isso, é difícil ignorar o impacto da mudança religiosa na vida social, política e econômica.
O governo vietnamita reagiu ao publicar propaganda anticristã e manteve políticas restritivas, tornando quase impossível as igrejas serem registradas. O governo diz que a nova lei de crença e religião, que deve começar a vigorar em janeiro, vai ajudar a administrar as questões religiosas ao simplificar o processo de registro das igrejas, por exemplo. No entanto, um membro Comitê de Direitos Humanos do Vietnã disse que a nova lei acrescentará uma camada de repressão e controle à igreja, que já vive sob pressão.
O cristianismo começou a se espalhar entre os hmong que vivem nas regiões noroeste e central do Vietnã no final dos anos 80, através de um programa de rádio em sua língua que era transmitido de Manila, nas Filipinas. Isso levou a uma marcante transformação religiosa nas últimas três décadas, observa o analista Seb Rumsby.
No entanto, grupos étnicos como os hmong “são muito protetores de seus costumes e regiões, e têm bastante autoridade no governo local”, relata um analista da Portas Abertas. “Eles veem o cristianismo basicamente como uma ameaça, como algo que muda sua cultura, sua herança”, analisa.
Rumsby descreve como os cristãos se abstêm do álcool, o que é visto dentro da tribo como algo importante para a criação de laços entre os homens. Os cristãos também não participam de rituais e cerimônias religiosas tradicionais. “Mas muitos xamãs e não cristãos hmongs temem que a cultura esteja sendo perdida”, conclui. Lembre-se dos nossos irmãos do povo hmong em suas orações e peça que a igreja continue crescendo e trazendo transformação.
Fonte: Portas Abertas