O governo cubano deu sinal verde para a celebração de missas e cultos religiosos nas prisões do país pela primeira vez em 50 anos, abrindo um novo espaço para a fé religiosa na ilha de governo comunista.

O presidente do evangélico Conselho de Igrejas de Cuba, Marcial Miguel Hernández, disse nesta terça-feira que a decisão foi anunciada em um recente encontro com autoridades do Departamento de Assuntos Religiosos do Partido Comunista e do Ministério do Interior.

“De modo oficial e sistemático, as autoridades penitenciárias e de Cuba nos comunicaram que a partir de setembro podemos oferecer missas e cultos de acordo com as solicitações nas diferentes prisões”, afirmou Hernández.

“Para nós, é a expressão e o ato de boa vontade das autoridades cubanas à proclamação da fé cristã”, acrescentou.

Fontes oficiais disseram que a autorização para as missas nas prisões também inclui a Igreja Católica.

As igrejas e o governo cubano estão superando a mútua desconfiança que marcou suas relações por décadas depois da revolução do líder Fidel Castro, em 1959. Quando o caráter comunista da revolução se acentuou, a partir de 1961, houve perseguição sistemática a padres, fechamento de igrejas, prisão e expulsão de religiosos e até a proibição da comemoração do Natal no país.

Um dos marcos da abertura do regime em relação à religião foi a visita do papa João Paulo 2° à ilha, em 1998, na qual ele rezou pela liberdade religiosa.

Fonte: Folha Online

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