O escritor Dan Brown pode ter provocado o ultraje do Vaticano com “O Código Da Vinci”, mas seu novo livro, “O Símbolo Perdido”, está sendo bem recebido pelos maçons, que são o tema da obra.

Lançado nesta terça-feira em vários países, o romance de Brown traz de volta o fictício simbologista de Harvard Robert Langdon, afeito a decifrar enigmas. Desta vez a história acontece ao longo de um período de 12 horas em Washington. No Brasil, o lançamento está previsto para 4 de dezembro.

Mas enquanto a trama fictícia de “Código Da Vinci”, envolvendo a Igreja Católica e uma conspiração, provocou ultraje entre alguns católicos e críticas do Vaticano, um alto representante da maçonaria na Austrália descreveu “O Símbolo Perdido” como trabalho de “um romancista tremendo.”

“Estamos muito satisfeitos. Não há nada neste livro que vá ofender minha organização. Isto nos proporciona a oportunidade de nos abrirmos um pouco”, disse Greg Levenston, grão-mestre da loja maçônica Unida de Nova Gales do Sul e do Território Australiano Capital dos Maçons.

Levenston disse que os maçons estão tão instigados com o livro que fundaram um clube do livro que vai se reunir na próxima semana. “É claro que o primeiro livro que vamos rever é ‘O Símbolo Perdido’. É um ótimo começo”, disse ele.

Levenston falou à Reuters em Sydney num evento de lançamento do livro, que terá tiragem global em inglês de 6,5 milhões de exemplares, a maior tiragem da história da editora Random House, uma unidade do grupo de mídia alemão Bertelsmann AG.

Alguns livreiros esperam que “O Símbolo Perdido” e outros lançamentos de autores de sucesso como Michael Crichton ajudem a reanimar um setor fortemente atingido pela recessão econômica mundial.

“O Código Da Vinci” teve mais de 81 milhões de cópias impressas desde seu lançamento em 2003, encabeçando listas internacionais de livros mais vendidos.

Levenston disse que os maçons modernos não são tão sigilosos quanto seus antecessores, mas que apertos de mão secretos e palavras especiais ainda são usados para ajudar os membros a identificar-se uns aos outros como “homens de confiança”.

Ele revelou que dez primeiros-ministros australianos foram maçons.

A história da maçonaria, uma organização fraterna, data aproximadamente do século 16. Existem cerca de 4 a 5 milhões de maçons em todo o mundo.

Fonte: Portas Abertas

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