Em seu relatório anual, o Departamento de Estado norte-americano mantém Cuba na lista de países apontados como patrocinadores do terrorismo, assim como o Irã, o Sudão e a Síria.
O governo do presidente Raúl Castro rejeitou a inclusão de Cuba, por mais um ano, na lista de países denominados patrocinadores do terrorismo, que é elaborada pelos Estados Unidos. Para as autoridades cubanas, a denominação é injusta e arbitrária e pretende justificar a manutenção do embargo econômico, imposto pelos norte-americanos há mais de meio século. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba condenou a inclusão e pediu providências para a retirada do país da lista.
Em seu relatório anual, apresentado no dia 30 de maio, o Departamento de Estado norte-americano mantém Cuba na lista de países apontados como patrocinadores do terrorismo, assim como o Irã, o Sudão e a Síria. Segundo os norte-americanos, Cuba, que integra a lista desde 1982, “continua a proporcionar refúgio a duas dezenas de membros do ETA [grupo apontado como terrorista por vários países e que defende a separação da região basca do restante da Espanha]”.
Para os Estados Unidos, Cuba também serve de abrigo para os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Porém, o governo cubano assegura que “[o país] nunca foi nem será usado para abrigar terroristas, independentemente da origem, nem para organizar, financiar ou perpetrar atos de terrorismo contra qualquer país do mundo, incluindo os Estados Unidos”.
Em 2012, a Portas Abertas noticiou que líderes da Igreja cubana pediram ao governo dos EUA que inclua seu país na lista dos países que mais violam a liberdade religiosa no mundo, devido ao aumento no número de incidentes.
Mas, ao mesmo tempo e apesar de toda a dificuldade imposta à expansão do evangelho, a nova geração de cristãos e pastores cubanos, todos nascidos sob o regime comunista, estão aproveitando os novos ventos. Sufocados, durante os anos de chumbo, os cristãos agora enchem os pulmões para gritar: “Cuba para Cristo – ahora”. O senso de urgência na divulgação do amor e da salvação de Cristo tem a ver com o atual momento social do país.
Mario, um pastor de 33 anos, toda terça-feira deixa a mulher e duas filhas em casa e viaja 35 quilômetros, pedindo carona, para ensinar o Novo Testamento. A viagem pode levar até três horas. “É um sacrifício que vale a pena”, garante ele. “É um bom problema quando pessoas querem Bíblias ou quando algumas localidades querem pregações”.
No ano passado, Cuba figurava na 41ª posição da Classificação de países por perseguição. Em 2013, porém, Cuba não entrou na Classificação. Alterações nas posições do ranking de 2012 para 2013 não significam, necessariamente, uma melhora na perseguição religiosa; mas, sim, uma mudança na forma de classificar a perseguição. Em alguns lugares a perseguição religiosa é maior do que em outras nações, o que fez com que muitos países descessem ou desaparecessem da lista sem que a hostilidade aos cristãos tivesse diminuído de fato.
[b]Fonte: Portas Abertas Internacional e Agência Brasil[/b]