Os grupos de oposição de Cuba, Damas de Branco e Movimento Cristão de Libertação, pediram ao Conselho Episcopal Latinoamericano (Celam), que se reuniu em Havana, que intercedam perante o governo cubano para que os presos políticos sejam libertados.

A Igreja “não pode calar sua voz” quando homens e mulheres “são oprimidos e lhes são negados seus direitos e sua liberdade”, acrescentou Oswaldo Payá, coordenador do Movimento Cristão de Libertação, para quem a Igreja cristã em Cuba está “oprimida, como seu povo”, em meio à “perseguição, ameaças e pressões do poder político”.

“Nossa sociedade sofreu, e ainda sofre, o atentado perverso da descristianização forçada”, acrescentou.

Prisioneiros

“Depositamos grandes esperanças a fim de que os 75 prisioneiros de consciência detidos em março de 2003 sejam libertados imediata e incondicionalmente”, destacou uma carta do grupo Damas, uma organização feminina que recebeu do Parlamento europeu o Prêmio Sajarov – uma homenagem a pessoas e organizações que defendem os direitos humanos e a liberdade de expressão.

O grupo solicitou a mediação dos bispos, que celebram sua 31ª assembléia ordinária em Havana, para a libertação dos “prisioneiros políticos pacíficos” e também solicitou que enquanto isso não ocorrer eles tenham garantido “assistência religiosa, tratamento médico e condições adequadas de prisão”.

Ao mesmo tempo, também foi divulgada em Havana uma segunda carta, neste caso do Movimento Cristão de Libertação, coordenado por Oswaldo Payá, dirigida também aos bispos do Celam.

“Muitos cubanos irmãos nossos hoje estão presos injustamente por proclamar e defender a liberdade de culto, pensamento e os direitos dos cubanos”, assegurou Payá, ganhador também do Prêmio Sajarov.

O Celam celebra pela primeira vez em Cuba, único país socialista do continente, sua 31ª assembléia ordinária até sexta-feira.

Fonte: Portas Abertas

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