Os curandeiros de Moçambique reclamaram a adoção de uma lei que os proteja no exercício da prática, principalmente em casos de doentes que morrem nas suas mãos.

A reivindicação da tutela da atividade foi feita nesta sexta-feira, durante as comemorações do Dia Africano da Medicina Tradicional.

Segundo Aurélio Morais, presidente da Associação dos Médicos Tradicionais de Moçambique (Ametramo), a aprovação de uma lei pode evitar os riscos de represálias de familiares após a morte de doentes durante o tratamento dos curandeiros.

Apesar de exercerem uma prática enraizada nas famílias moçambicanas, sobretudo nas zonas rurais, os curandeiros têm sido acusados nos últimos anos de charlatanismo, devido a anúncios pagos em jornais proclamando a cura de várias doenças sem tratamento na medicina convencional, inclusive a AIDS.

O governo moçambicano tem promovido uma aproximação com classe, criando inclusive o Gabinete de Estudos de Medicina Tradicional junto do Ministério da Saúde, que culminou com a aprovação em 2004 da Política da Medicina Tradicional.

Fonte: Lusa

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