Um dos grupos que mais apoiou a eleição de Jair Bolsonaro em 2018, estaria começando a se afastar do presidente da República.

A última pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de São Paulo nesta sexta-feira (17), indica o aumento da reprovação ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em diversos setores.

Entre os evangélicos, que sempre foram uma importante base de apoio ao governo, apenas 29% apoiam o presidente, contra reprovação de 41% que acham a gestão Bolsonaro “ruim” ou “péssima”.

Em janeiro deste ano, a aprovação do governo entre os evangélicos era de 40% – houve queda de 11 pontos percentuais ao longo dos últimos oito meses. Bolsonaro era aprovado por 37% em março e oscilou em torno de 33% até chegar aos atuais 29%.

O presidente tenta reverter o quadro visando à reeleição em 2022. Para isso, contou com representantes evangélicos atuantes na convocação aos atos antidemocráticos de 7 de setembro, como o pastor Silas Malafaia.

Malafaia, Estevam Hernandes e César Augusto estiveram recentemente com Bolsonaro para endossar a ida de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF). Mendonça seria o “ministro terrivelmente evangélico no STF” ao qual Bolsonaro se referiu.

O processo, no entanto, está parado no Senado e aguarda o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (DEM-AP), convocar a sabatina com o ex-advogado geral da União.

A pesquisa mostrou também, que Bolsonaro é reprovado por 85% das pessoas com ensino superior. Entre estudantes, a desaprovação é de 73%. Além disso, 61% homossexuais e bissexuais, e 59% dos pretos rejeitam o governo de Bolsonaro.

O Datafolha ainda mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente de Bolsonaro nos índices de intenção de voto para 2022. Lula aparece com 27% das intenções de voto contra 20% de Bolsonaro. Em um eventual segundo turno, Lula venceria com 56% x 31% de Bolsonaro.

Os dados foram publicados pelo jornal Folha de São Paulo. A pesquisa entrevistou 3.667 pessoas entre os dias 13 e 15 de setembro, em 190 cidades brasileiras. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: IstoÉ, Folha de São Paulo e Rádio Jornal

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