Balanço preliminar divulgado ontem pela Defesa Civil mostra que apenas um dos 31 templos religiosos vistoriados nos últimos três meses em Rio Preto não apresenta problemas relacionados à segurança, estrutura e alvarás.

Extintores de incêndio vencidos, falta de saída de emergência, ausência de sinalização, armazenamento irregular de gás de cozinha e pequenas rachaduras nas paredes foram algumas das falhas encontradas.

O pedido de vistoria partiu da Secretaria de Finanças de Rio Preto. Após a fiscalização, a pasta terá acesso ao relatório que indica, entre outras coisas, quais igrejas estão com os alvarás de funcionamento vencidos.

Na cidade existem cerca de 600 templos religiosos. Por semana são realizadas três vistorias e a previsão é que o trabalho seja concluído em três anos.

Dos 31 templos vistoriados até o momento, o único que atende as exigências de segurança e estrutura da Defesa Civil é a Igreja Universal do Reino de Deus na rua General Glicério. O templo foi inaugurado em junho do ano passado e tem capacidade para acomodar 3,5 mil pessoas.

O presidente da Defesa Civil de Rio Preto, coronel João Máximo de Carvalho Netto, considera os problemas detectados nas igrejas simples e, a princípio, não vê motivo para interdição.

Segundo ele, a Defesa Civil concedeu prazo de 30 dias aos responsáveis pelos templos para corrigirem as falhas relacionadas à segurança e estrutura.

“Esse prazo pode ser prorrogado. Se mesmo com as prorrogações o problema não for sanado, a Defesa Civil pode interditar o prédio”, informa Carvalho Netto.

Teto de igreja no Boa Vista desaba

Em dezembro do ano passado o forro da igreja do Evangelho Quadrangular no bairro Boa Vista, em Rio Preto, desabou. A Defesa Civil precisou interditar o local. Não houve feridos.

Na época, o engenheiro da Defesa Civil José Eduardo Henrique afirmou que a infiltração no forro foi causada por um deslocamento do telhado.

A igreja foi inaugurada dois meses antes do desabamento. Por conta disso, a construtora responsável pela obra foi acionada e, uma semana depois, o templo foi liberado para cultos.

“O objetivo das vistorias é meramente preventivo. Não podemos punir. Queremos garantir segurança às pessoas que freqüentam esses locais”, diz o coronel João Máximo de Carvalho Netto.

Fonte: Bom Dia Rio Preto

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