Uma recente inspeção de rotina em Jerusalém seria apenas mais uma se não se deparasse com a pedreira que forneceu os imensos blocos de pedra utilizados há 2.000 anos na construção do Segundo Templo judeu de Herodes, uma descoberta classificada como “sensacional”.

“Finalmente se sabe de que maneira Herodes pôde realizar suas obras gigantescas, e onde encontrou seus blocos de pedra, mais imponentes do que as pirâmides do Egito”, declarou com alegria neste domingo Yuval Baruj, diretor-adjunto do departamento israelense de antiguidades.

Esta descoberta de pedra calcária foi feita “há dois meses devido a uma inspeção de rotina prévia em obras públicas”, explicou.

Situada no norte da Cidade Santa, a pedreira está a quatro quilômetros do lugar onde se encontrava o templo de Herodes, destruído pelos romanos no ano 70 da era cristã, e sobre o qual foi construída a Esplanada das Mesquitas.

Ali estão a Cúpula da Rocha e a mesquita Al-Aqsa, no setor oriental de Jerusalém ocupado e anexado por Israel. Este é o terceiro lugar em importância para o Islã, atrás apenas das cidades de Meca e Medina, na Arábia Saudita.

“Comprovamos imediatamente o caráter excepcional desta pedreira. Do ponto de vista histórico, é uma descoberta sensacional”, revelou Yuval Baruj.

Segundo ele “seu tipo duro e seu branco resplandecente, lembrando o mármore, assim como o tamanho dos blocos de pedra – de cinco a sete toneladas – são sem precedentes e similares aos do Muro Ocidental” (das Lamentações), último vestígio do Templo de Herodes, o lugar mais sagrado do judaísmo.

Fonte: AFP

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