Em um mundo que continua a ser abalado pela insegurança e pelos desafios da pandemia, Deus não está distante, mas muito próximo, disse o Papa Francisco.
O Papa apareceu na janela de seu escritório para entregar o tradicional Angelus de Ano Novo a milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.
Ele disse que o nascimento de Jesus mostrou que Deus não vem com poder, mas “fraco e frágil”.
“Deus está perto, ao nosso alcance. Não vem com a força de quem quer ser temido, mas com a fragilidade de quem pede para ser amado”, disse.
“Ele não nos julga de seu trono no alto, mas olha para nós de baixo, como um irmão, antes, como um filho. Ele nasce pequeno e necessitado para que ninguém mais se envergonhe”.
O Dia de Ano Novo coincide com o Dia Mundial da Paz da Igreja Católica, agora em seu 55º ano, e o Papa também usou seu discurso para exortar as pessoas a não ficarem à margem, mas sim na vanguarda da construção de um mundo pacífico.
Fazer um mundo de paz começa com ter paz em nossos corações, algo que só pode acontecer quando nos voltamos para Jesus, disse ele.
São necessários “gestos concretos” e alguém “para dar o primeiro passo”, continuou o Papa, ao apelar a que se tornem “artesãos da fraternidade” que “remendam os fios de um mundo dilacerado pela guerra e pela violência”.
“[A paz] se constrói estando atento ao mínimo, promovendo a justiça, com a coragem de perdoar, apagando assim o fogo do ódio”, disse.
“E também precisa de uma visão positiva, que sempre veja, tanto na Igreja como na sociedade, não o mal que nos divide, mas o bem que nos une”.
Ele acrescentou: “Ficar deprimido ou reclamar é inútil. Precisamos arregaçar as mangas para construir a paz”.
Violência contra as mulheres
O Papa Francisco condenou, neste sábado, a violência contra as mulheres, considerando-a um ultraje a Deus, na sua primeira missa de 2022 desde a Basílica de São Pedro, no Vaticano.
“Quanta violência se faz contra as mulheres. Chega. Ferir uma mulher é ultrajar a Deus, que tomou a humanidade de uma mulher”, disse Francisco.
O Papa dedicou a sua homília às mulheres e mães, e disse que elas “conseguem manter juntos o sonho e o concreto, evitando desvios do pragmatismo assético e da abstração”.
As mães, continuou, “sabem manter juntos os fios da vida” e, por isso, são essenciais no mundo de hoje, porque são “capazes de tecer fios de comunhão, que se contrapõem aos arames farpados das divisões, que são tantos”.
Folha Gospel com informações de The Christian Today e TSF