A Portas Abertas teve acesso ao relato de uma brasileira que viajou recentemente para a Coreia do Norte. Número 1 na Classificação de países por perseguição, esse é o lugar onde é mais difícil ser cristão. Em meio às tensões políticas da atualidade, leia o testemunho de quem esteve lá e viu como as coisas funcionam realmente. Confira a primeira parte dessa experiência
1º dia – Finalmente chegou o grande dia. O dia de entrar no país pelo qual orei desde os 17 anos. Mal posso acreditar no que os meus olhos estão vendo. Entramos na Coreia do Norte conscientes da tensão política e possibilidade de guerra, no entanto, não há dúvida de que Deus nos trouxe nesse momento, por algum motivo.
Chegamos ao aeroporto e os guias turísticos nos esperavam com toda simpatia, fiquei maravilhada por estar no meio dos norte-coreanos. Em nosso caminho até o hotel, Mrs. O, nossa principal guia, foi nos apresentando Pyongyang, o clima é cinzento, e se vê em toda parte homens e mulheres trabalhando em pequenas obras nas calçadas. Nossa guia turística é como uma garota propaganda da Coreia do Norte e sempre nos lembra dos grandes líderes em suas explicações. Ela também nos orientou quanto aos lugares permitidos para fotografar. Nossos dois guias e motorista são extremamente simpáticos, um dos guias é muito engraçado e divertido.
Hoje em nosso primeiro contato com Mrs. O e Mr. O, a líder do grupo que já os conhecia de outras viagens, conversou com eles o seguinte: “Nós somos um grupo de viajantes cristãos, e viemos ao país neste momento porque somos amigos do povo norte coreano nos bons e maus momentos, viemos para orar pela paz da nação, está tudo bem para vocês?” Eles disseram que sim e respeitaram.
2º dia – Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos.
Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite. Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz. Mas a sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo. Salmos 19:1-4
Visitamos uma igreja de fachada, cantamos Amazing Grace. Visitamos também a torre juche e grandes monumentos. Um guia contou a uma viajante da equipe, que a aceitação da ideologia juche já não é mais de 100 %. Por isso temos orado pela nova geração, temos muita esperança neles.
Conhecemos a casa onde Kim Il Sung cresceu. O lugar tornou-se venerado por contar a história de um passado humilde com o qual a população pode se identificar. Alguém tirou uma foto que apareceu só a metade da fotografia dos pais do líder, nossa guia pediu para que a pessoa fotografasse novamente.
Seguimos viagem para Nampho, em todo o caminho, de dentro do ônibus, cumprimentamos as pessoas, as crianças, e a maioria aparenta ficar alegre e correspondem os nossos sorrisos e cumprimentos. Como não estamos tendo muito contato com a população, não é possível saber como eles estão se sentindo em relação a ameaça de guerra. Parecem estar vivendo a vida normalmente. Apenas nossos guias turísticos demonstram preocupação quando indagamos sobre a questão. Vez por outra, a energia elétrica falha, isso me dá a impressão de que tudo pode estar acontecendo enquanto nós estamos aqui afastados da cidade.
Através de um projeto da Portas Abertas, a[url=http://catalogo.portasabertas.org.br/detalhe_produto.asp?id=176]jude refugiados norte-coreanos![/url]
[b]Fonte: I. Akemi[/b]