Cristão em uma igreja no Vietnã (Foto representativa: Portas Abertas)
Cristão em uma igreja no Vietnã (Foto representativa: Portas Abertas)

No Vietnã, duas igrejas estão proibidas de abrir há quase dois meses. As igrejas fazem parte do movimento dega que é o nome de um grupo de comunidades étnicas que vivem nas montanhas do Planalto Central no Vietnã.

Durante a Guerra do Vietnã, os dega formaram um movimento para defender os direitos da comunidade e a autonomia do Norte e do Sul do país. Desde então, o governo os considera separatistas e afirma que os dega que seguem a Jesus fazem parte de uma “religião do mal”.

Autoridades negam a perseguição

Há meses, os cristãos locais estão sob vigilância constante. As autoridades locais chegaram a entrar e intervir em alguns cultos. Essa situação chegou ao consulado dos Estados Unidos que enviou dois representantes e um intérprete vietnamita para averiguar se houve violações dos direitos humanos ou questões de liberdade religiosa e oferecer ajuda para erguer a voz dos cristãos que anseiam por praticar a fé em Cristo livremente.

Apesar de afirmarem não obstruir ou perseguir a igreja, as autoridades locais proibiram o contato com os membros da igreja. “As autoridades faziam comentários acalourados para argumentar que não poderíamos seguir adiante e falar com os cristãos locais”, disse Thien Nhi*, uma parceira local da Portas Abertas.

As autoridades locais proibiram a entrada dos cônsules sob alegação de manter a paz e a ordem na comunidade. “Muitos membros da igreja são influenciados por estrangeiros e afetam o vilarejo e todo o país. O Estado não obstrui, nem persegue a igreja”, afirmou o líder local. Sem possibilidade de contato com os cristãos locais, os cônsules partiram dali.

“O portão estava fechado por autoridades locais, incluindo policiais que estavam vestidos à paisana, mas cujos rostos estavam cobertos. Os membros das igrejas e os pastores não puderam conversar com nenhum parceiro da Portas Abertas até o momento”, disse Joshua*, outro parceiro local da Portas Abertas. Uma das igrejas fechadas contava com 60 membros.

*Nomes alterados por segurança.

Fonte: Portas Abertas

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