Fake News
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Circula nas redes sociais um vídeo em que traficantes armados com fuzis, vestindo capuzes, entram em uma igreja e recebem uma oração de um pastor evangélico no Rio de Janeiro.

No vídeo (veja no final da matéria) é possível ver as pessoas louvando, quando são interrompidos por pelo menos três traficantes, que pediram para que o pastor da igreja abraçasse o chefe da quadrilha.

Encapuzados, os comparsas disseram que estavam enfrentando algumas dificuldades. Todos eles estavam armados, porém, as pessoas que estavam na igreja, de acordo com as imagens registradas do momento, não ficaram assustadas e continuaram louvando.

“Pastor, com todo o respeito, nós tá passando uma certa dificuldade: os cara tá querendo invadir a comunidade”, pediu um dos homens.

Aí, nós queria uma oração pro nosso chefe aqui. Tá entendendo, meu irmão? Porque o bagulho tá doido”, continuou. “Nós passa a maior dificuldade na comunidade”.

O pastor da igreja, então, ora pelo líder da gangue, enquanto os fiéis gritavam palavras como “Aleluia” e “Glória a Deus”.

A gravação, na verdade, é de uma peça teatral, de acordo com uma nota da Polícia Civil.

“Segundo o Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC), a informação de que o vídeo seria de um traficante sendo abençoado em uma igreja não procede”, afirma. “Trata-se de uma encenação.”

A Polícia Civil afirmou ao portal G1 que a gravação foi feita em uma igreja evangélica no morro do Borel, na Tijuca, na Zona Norte do Rio.

Uma das presidentes do Ministério Tempo de Avivar, a igreja que aparece nas imagens, confirmou ao UOL que a cena é uma encenação feita para comemorar o Dia do Pastor. Segundo ela, no final da cena, os traficantes são convertidos.

“Foi uma peça de teatro referente ao Dia do Pastor, gravada no segundo domingo de junho. No final da história eles se convertem”, disse ela ao UOL.

Alan Mendes, o pastor que aparece no vídeo, também se pronunciou. Ele contou que o fuzil utilizado na cena, na verdade, não passava de uma arma de paintball. O também presidente da igreja afirmou que ele e Isa já sabiam que haveria uma peça naquele dia, só não tinham noção de qual seria o tema em exibição. Mesmo assim, o líder religioso disse não ter acreditado que a “invasão dos traficantes” ao culto fosse mesmo uma situação real. “Não [achei que fosse real] porque eu sabia que era uma peça da igreja, só não sabia qual o tipo de peça que eles estariam apresentando”, explicou.

Folha Gospel com informações de G1, Portal do Trono e UOL

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