O líder da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Bispo Edir Macedo, repudiou, neste final de semana, os atos violentos registrados em vários templos da sua denominação, em Angola.
Ao falar no programa “Meditação com os Pastores”, transmitido pela TV Zimbo, em Angola, o líder religioso mostrou-se convicto na recuperação do controle administrativo da instituição no país.
Edir Macedo qualificou os últimos acontecimentos ocorridos na igreja, em Angola, como “golpe contra a obra de Deus”.
Na última segunda-feira, bispos e pastores angolanos que se separaram da ala brasileira fiel a Edir Macedo, ocuparam alguns templos em Luanda e nas províncias de Benguela, Huambo, Malanje, Namibe, Cuanza Sul e na Lunda Norte.
Organizados num grupo que apelidaram de Comissão de Reforma de Pastores Angolanos (CRPA), justificaram a medida com eventuais crimes dos bispos e pastores brasileiros.
Segundo a ala angolana, os responsáveis brasileiros da IURD promovem o racismo, a discriminação social, abuso de autoridade, falta de respeito, humilhações públicas contra pastores angolanos, evasão de divisas e expatriamento ilícito de capitais.
Em resposta, Edir Macedo apelou à harmonia e união em torno da igreja, sublinhando que a “rebelião” será vencida e os seus autores responderão perante a justiça de Deus.
Disse que o ato de “rebeldia” dos pastores e bispos angolanos têm os dias contados e as suas motivações virão a público.
Liderados pelo bispo Valente Bizerra, os pastores angolanos decidiram romper, em novembro de 2019, com a representação brasileira em Angola, encabeçada pelo bispo Honorilton Gonçalves.
Os mesmos acusam os brasileiros de práticas doutrinais contrárias à religião, como a exigência da cirurgia de vasectomia e evasão de divisas para o exterior do país.
Fonte: Angonotícias