A informação foi divulgada na última semana, um dia após a aparição da chefe de Estado na inauguração do Templo de Salomão.
De acordo com o jornalista Jorge Serrão, do blog Alerta Total, a doação teria acontecido antes da inauguração do megatemplo, como uma forma de garantir a presença da presidente no evento.
“O bispo Edir Macedo Bezerra, líder espiritual da Igreja Universal do Reino de Deus, celebrou ontem o resultado político de uma generosa doação de R$ 10 milhões de reais para a campanha reeleitoral do PT. Na inauguração da suntuosa réplica do Templo do rei Salomão, no bairro paulistano do Brás, Macedo teve a honra de posar ao lado da presidenta Dilma Rousseff, mostrando força para seletos 10 mil convidados VIPs, entre governadores, prefeitos, senadores, deputados, ministros de tribunais superiores, desembargadores, juízes e artistas – principalmente da Rede Record, da qual Macedo é ‘proprietário’”, escreveu o jornalista.
A nota foi republicada pelo respeitado site de jornalismo independente Folha Política, o que deu ainda mais repercussão à informação.
O site da Igreja Universal do Reino de Deus desmentiu a informação, dizendo que a publicação era “mentirosa”. No entanto, a nota da Universal não traz assinatura.
“Circula na internet a informação mentirosa de que o bispo Edir Macedo teria doado R$ 10 milhões à campanha de reeleição da presidenta Dilma Rousseff, espalhada irresponsavelmente por sites, blogs e redes sociais. Não bastasse a mentira, o texto ainda é carregado de odioso preconceito e chacota gratuita com a fé de milhões de adeptos da fé cristã. Tenta diminuir o momento extraordinário e histórico que fiéis e tantas outras milhares de pessoas viveram na inauguração oficial do Templo de Salomão, prestigiada pelos mandatários dos mais elevados cargos públicos de nosso País, por líderes empresariais e representantes da sociedade civil. O exercício do jornalismo e da liberdade de expressão exige um mínimo de responsabilidade. Muito cuidado com o que você lê na internet”, afirma o texto publicado pela denominação.
Serrão comentou a publicação da Universal e afirmou que está exercendo direitos constitucionais: “A regra é claríssima na jurisprudência brasileira. A liberdade de imprensa é uma projeção da liberdade de manifestação do pensamento e de comunicação, e assim tem conteúdo abrangente, compreendendo, dentre outras prerrogativas, o direito de informar, o direito de buscar a informação, o direito de opinar e o direito de criticar. O interesse social, que legitima o direito de criticar, está acima de ‘eventuais suscetibilidades’ das figuras públicas”.
[b]Fonte: Gospel +[/b]