As forças de segurança egípcias detiveram dez pregadores e imames de mesquitas por criticar o Governo do presidente do Egito, Hosni Mubarak, de ser infiel por aumentar os preços, informa hoje o jornal independente “Al-Masri Al-Youm”.

O jornal, que cita o advogado de alguns dos detidos, Ali Sabaq, afirma que os dez religiosos foram detidos em dezembro passado em seus domicílios no Cairo ou “seqüestrados em suas mesquitas, com a desculpa que estavam pronunciando discursos que incitavam as pessoas contra os governantes”.

O advogado disse que os detidos foram capturados por membros da Segurança do Estado, a poderosa Polícia secreta egípcia encarregada de combater as atividades dos grupos opositores contrários ao regime de Mubarak.

Essas detenções foram divulgadas em um momento de tensas relações entre o Executivo egípcio e a União Européia, depois que a Eurocâmara aprovou uma resolução pedindo ao Egito que pare de aplicar torturas e maus-tratos aos detidos.

As autoridades egípcias rejeitaram essa resolução e, em represália, cancelaram reuniões que deveriam manter em 23 e 24 de janeiro com responsáveis da União Européia.

Fonte: EFE

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